quarta-feira, 30 de setembro de 2009

ENTREVISTA COM A JOGADORA HELEN LUZ


.

A armadora Helen Luz foi um dos destaques do Brasil na conquista do título da 6ª Copa América/Pré-Mundial Feminino, que terminou no último domingo (dia 27) em Cuiabá. A atleta foi a cestinha do time nacional, com 60 pontos em cinco jogos, foi a líder do campeonato nos arremessos de três pontos, com média de 8,4 pontos (42 no total). Além disso, foi a segunda melhor nas assistências, com média de 3,60 (18). Helen, que completará 37 anos em novembro, foi um exemplo de experiência, disciplina e amor pelo país não só durante o campeonato como nos quase três meses de preparação na cidade paulista de Barueri. Para as companheiras de equipe, a jogadora é uma inspiração e está sempre pronta a ajudar no que for preciso. Em sua quarta Copa América, Helen se tornou a recordista em participações na competição, com três títulos (já havia ganho em 1997 e 2001). Com fôlego de menina, a jogadora já está na Espanha, onde se apresenta nesta quinta-feira (dia 1º) ao Hondarribia Irun, clube que defende pela segunda temporada seguida. Fora das quadras, Helen segue com outro grande compromisso em sua vida: O “Cesta de Três”, projeto social dirigido por sua irmã Cintia Luz, que ensina basquete a crianças e jovens em Louveira, cidade onde mora.


Como foi a conquista da Copa América?

Maravilhosa. Foi fruto de mais de dois meses de preparação, com tranquilidade e sem atropelamentos. O título foi consequência de um belo trabalho de equipe, onde cada uma de nós soube dar sua parcela de contribuição para o sucesso do grupo. Com isso, atingimos os dois objetivos, que eram a vaga para o Mundial de 2010 e o título da competição.

Qual o segredo para chegar quase aos 37 anos em tão boa forma?

Trabalho, disciplina dentro e fora de quadra e, acima de tudo, amor pelo que faço. Cuido muito da minha saúde, desde o treinamento correto à alimentação. Sigo as orientações dos profissionais que trabalham comigo nos clubes e na seleção. Foi por isso que consegui chegar até aqui jogando um basquete de alto nível.


A Copa América em Cuiabá foi a sua sexta competição internacional disputada no Brasil. A torcida brasileira ainda te surpreende?

Sempre. Sinto-me privilegiada por ter tido a chance de defender o Brasil dentro de casa. Joguei em São Paulo, Maranhão, Espírito Santo e agora, Cuiabá. A torcida brasileira é diferenciada mesmo. Alegre, criativa e apoia o time o tempo inteiro. Além do carinho do público, é uma oportunidade de jogar para a família assistir, o que dá ainda mais emoção para gente.

Fale um pouco sobre seu projeto social “Cesta de três”.

É o meu grande xodó atualmente. Eu, minhas irmãs Cíntia e Silvia, além do meu marido Otávio nos dedicamos ao máximo ao projeto. Com a Cíntia já parou de jogar, é ela quem está a frente do trabalho. Eu, Otávio e Silvinha trabalhamos quando estamos no Brasil. As crianças adoram e estão até aprendendo um pouco de espanhol quando têm aula com meu marido. O esporte é um meio de educação espetacular e as crianças e jovens que estão descobrindo o basquete vão se apaixonando pela modalidade, que é dinâmica e divertida. O projeto funciona em dois turnos, atendendo a crianças e jovens de 9 a 17 anos, em parceria com a Prefeitura de Louveira, onde eu e minha família moramos.


Deixe uma mensagem para quem pensa em jogar basquete como você.

O basquete, como qualquer esporte, exige dedicação e empenho. Às vezes, é preciso abrir mão de boa parte de nossa vida social e pessoal. Mas vale a pena o esforço. Ser atleta e representar seu país é o maior orgulho profissional. Para ser um atleta de alto nível é preciso trabalho exclusivo ou a carreira acaba cedo.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

SELEÇÃO SUB-15 MASCULINA DISPUTA O 22º CAMPEONATO SUL-AMERICANO NA COLÔMBIA

.

San Andres / Colômbia – A seleção brasileira sub-15 masculina, patrocinada pela Eletrobrás, estreia nesta segunda-feira (19h de Brasília) contra o Equador no 22º Campeonato Sul-Americano, que está sendo disputado em San Andres, na Colômbia. Em seguida, o Brasil enfrenta uma maratona de jogos: Paraguai (terça), Colômbia (quarta), Uruguai (quinta), Chile (sexta) e Argentina (sábado). A competição termina no domingo (dia 4), com os jogos finais. Os três primeiros colocados garantem vaga na Copa América Sub-16, em 2010.

— Observamos a primeira rodada no domingo e percebemos uma boa diferença no nível técnico das equipes. Acredito que algumas seleções tenham rendido menos que o esperado devido ao clima muito quente daqui. O Equador teve uma derrota na estreia para a Colômbia, por 73 a 49, mas tem jogadores tecnicamente bons e um pivô bastante alto. Apesar de não ser uma equipe de tradição, é um adversário que temos de respeitar. Vamos entrar em quadra com firmeza, mostrar tudo que treinamos e crescer dentro da competição — declarou o técnico André Germano.

Os jogadores brasileiros têm treinado diariamente, estão bem dispostos e ansiosos com a estreia.

— Nesta segunda, fizemos apenas um treino na parte da manhã, mas nos dias anteriores vínhamos treinando em dois períodos. Queremos entrar logo em quadra e mostrar jogo. Estão todos ansiosos, porque até agora só treinamos e fizemos amistosos, mas ainda não competimos. Hoje é o grande dia — disse Germano.

PROGRAMAÇÃO

— 1ª Rodada - Segunda-feira – 28/09
Uruguai 83 x 49 Chile; Argentina 75 x 39 Paraguai; Colômbia 73 x 49 Equador

— 2ª Rodada - Terça-feira – 29/09
Brasil x Equador (19h); Chile x Argentina (21h); Colômbia x Uruguai (23h)

— 3ª Rodada - Quarta-feira – 30/09
Equador x Chile (19h); Uruguai x Paraguai (21h); Colômbia x Brasil (23h).

— 4ª Rodada - Quinta-feira – 01/10
Argentina x Equador (19h); Paraguai x Chile (21h); Brasil x Uruguai (23h)

— 5ª Rodada - Sexta-feira – 02/10
Paraguai x Equador (19h); Brasil x Chile (21h); Argentina x Colômbia (23h).

— 6ª Rodada - Sábado – 03/10
Uruguai x Equador (19h); Colômbia x Paraguai (21h); Argentina x Brasil (23h).

— Finais - Domingo – 04/10
19h00 - Disputa de 5º e 6º lugar
21h00 - Disputa da medalha de bronze
23h00 -0 Disputa da medalha de ouro
Horários de Brasília. San Andres está duas horas atrás.

SELEÇÃO BRASILEIRA SUB-15 MASCULINA
NOME – POSIÇÃO – IDADE – ALTURA – CLUBE – NATURAL
Arthur Pecos da Silva – Ala/Armador – 14 anos – 1,82m – Palmeiras (SP) – SP
Deryk Evandro Ramos – Armador – 15 anos – 1,82m – Limeira (SP) - SP
Davi Augusto Santos Brito – Ala – 15 anos – 1,77m – Olímpico Club (MG) – MG
Enrico da Silveira Leite – Ala – 15 anos – 1,88m – E.C. Pinheiros (SP) – SP
Vitor Lourenço Montes – Ala/Armador – 15 anos – 1,78m – Paulistano (SP) – RS
Felipe Rocha – Ala – 15 anos – 2,00m - Projeto Cestinha (RS) – RS
Leandro Rubens da Silva – Ala – 15 anos – 1,93m – Franca (SP) – (SP)
Leonardo Demetrio – Ala/Pivô – 15 anos – 1,97m – Círculo Militar do Paraná (PR) – PR
Thiago Randazzo – Ala/Pivô – 15 anos – 2,00m – Lance Livre/Minas Brasília (DF) – PR
Wesley Andrade – Ala/Pivô – 15 anos – 1,95m – Santo André (SP) – SP
Arthur Vieira de Souza – Pivô – 14 anos – 2,03m - Paulistano (SP) – RJ
Luis Henrique dos Santos – Pivô – 15 anos – 2,00m – Paulistano (SP) – SP

COMISSÃO TÉCNICA
Técnico: André Germano da Silva
Assistente técnico: João Batista Guia

CBB QUER SEDIAR MAIS EVENTOS INTERNACIONAIS

.
Cuiabá / Mato Grosso – Depois do sucesso da Copa América Feminina / Pré-Mundial de Cuiabá, disputada durante uma semana no ginásio Aecim Tocantins, o presidente da CBB, Carlos Nunes, quer trazer um Campeonato Sul-Americano de base para a capital do Mato Grosso, em 2010. Segundo o dirigente, a participação do Estado e a infraestrutura cedida para a realização do evento foi importante para o sucesso da competição.

— Essa é a nossa intenção e vamos fazer o que estiver ao nosso alcance. O saldo da Copa América é extremamente positivo e mostramos para a FIBA, FIBA Américas e a ABASU que o Brasil tem todas as condições de sediar grandes eventos internacionais. Tenho certeza de que o governo estadual nos dará todo o apoio novamente.

O presidente da Federação Mato-grossense de Basquetebol (FMTB), Cláudio Barreto, ressaltou o apoio do Governo do Estado.

— Tivemos um investimento total de 1,25 milhão. Até então o basquete sempre foi uma modalidade discriminada. Graças ao apoio do governador Blairo Maggi e do Secretário Baiano Filho é que conseguimos concretizar a competição no Estado. Tenho certeza, do que depender do governo, traremos o Sul-Americano de base para cá.
O presidente Carlos Nunes aproveitou para confirmar o interesse da CBB em sediar o Torneio Pré-Olímpico das Américas, em 2011.

— Durante a Copa América Masculina de Porto Rico expliquei para a FIBA Américas a nossa intenção em sediar o Pré-Olímpico. Mas precisamos da integração do Poder Público para concretizar nosso objetivo. Esperamos que os demais Estados mirem-se no dinamismo e na visão empreendedora do governador de Mato Grosso (Blairo Maggi).
Para Barreto a realização da Copa América em Mato Grosso será um divisor de águas no basquete.

— O Estado está crescendo e ganhou muito com um evento dessa magnitude. Com certeza, o basquete estadual vai ganhar um grande impulso a partir de agora. A procura pelo esporte aumentou, tanto por adultos quanto por crianças interessadas em treinar em escolinhas.

Além do título da Copa América Masculina e Feminina, a seleção brasileira, patrocinada pela Eletrobrás, garantiu a vaga nos Campeonatos Mundiais de 2010. Os homens vão disputar a competição na Turquia, enquanto as mulheres vão para a República Tcheca. Foi a primeira vez que o Brasil ganhou no mesmo ano as duas competições.

ADRIANINHA É ELEITA A MELHOR JOGADORA DA COPA AMÉRICA

.

Além do título de MVP, armadora de 30 anos também foi destaque nas assistências

A armadora Adrianinha, uma das mais experientes do grupo da seleção feminina de basquete que conquistou a Copa América de 2009, além da medalha de ouro tem mais dois motivos para comemorar. A jogadora de 30 anos foi eleita o destaque do torneio e também a melhor nas assistências. O Brasil derrotou a Argentina na decisão por 71 a 48 na noite de domingo.

– Eu divido esses prêmios com minhas companheiras e a comissão técnica. Fizemos uma partida de recuperação e mostramos a força do basquete feminino do Brasil. Conseguimos alcançar todos os objetivos baseadas no trabalho em equipe e na solidariedade dentro e fora da quadra – declarou.

BRASIL É CAMPEÃO INVICTO DA COPA AMÉRICA


.

No início da partida deste domingo, parecia que a seleção feminina já estava satisfeita com a classificação para o Mundial e não fazia questão do título da Copa América. Era só uma impressão. A partir do segundo quarto, a equipe de Paulo Bassul partiu para cima da Argentina, abriu vantagem e colocou um ponto de exclamação na campanha em Cuiabá. A vitória por 71 a 48 coloca na bagagem – ao lado do passaporte para a República Tcheca – a taça do continente.

O técnico brasileiro Paulo Bassul destacou o sistema defensivo da Argentina, que surpreendeu o Brasil no começo do jogo.

— Elas fizeram um sistema diferenciado, com uma marcação pouco utilizada normalmente, que isolou nossas principais atletas. E isso fez com que outras se sobressaíssem na partida. Alcançamos todos os objetivos. A força do nosso trabalho, da nossa união, fez com que superássemos as críticas após os amistosos. Este grupo é muito grande e trabalha demais. Todos estão de parabéns.

Bassul também elogiou a organização do evento e a participação da torcida.


— Tudo funcionou muito bem. E foi incrível ver esse ginásio lotado, com mais de 12 mil pessoas, nos empurrando desde o primeiro momento. Vou fazer um trocadilho com o nosso patrocinador, a Eletrobrás. A torcida passou uma energia muito boa na quadra e isso foi fundamental para a vitória.

A terceira vaga para o Mundial ficou com o Canadá, que arrancou uma vitória dramática sobre Cuba na disputa do bronze. As canadenses venceram na prorrogação por 59 a 49 e vão se juntar a brasileiras e argentinas no torneio que será disputado em setembro de 2010.

Desta vez, a surpresa verde-amarela saiu do banco. A pivô Silvia anotou 18 pontos, quatro rebotes e três roubos. A companheira de garrafão Alessandra também fez bonito embaixo da cesta, compensando seus sete desperdícios com 12 pontos e 16 rebotes. Helen, que tinha brilhado na semifinal contra Cuba, ficou zerada até a metade do quarto período e deixou a quadra com cinco pontos. A torcida nem ligou: era dia de festa no ginásio Aecim Tocantins.

- O Paulo Bassul foi muito feliz quando disse que cada jogo seria o jogo de alguém diferente. O mais importante era que todo dia tinha que ser dia do Brasil – afirmou Silvia, pouco antes de dar um beijo no filho pequeno, que estava no ginásio.



Com o dever cumprido pela classificação ao Mundial, o Brasil entrou em quadra no domingo relaxado demais. As argentinas se aproveitaram disso e abriram 10 a 3 no placar. O que parecia apenas um começo instável se transformou num primeiro quarto para se esquecer. Nos 13 arremessos tentados no período, apenas um acerto. Resultado: derrota parcial por 13 a 7.

No segundo quarto, o panorama foi outro. O Brasil emplacou uma incrível sequência de 15 a 0 e não só virou o placar como abriu boa vantagem. Após sete minutos sem pontuar, a Argentina conseguiu se reencontrar e evitou um estrago maior. A equipe verde-amarela foi para o intervalo vencendo por 25 a 21.

Na volta do vestiário, o ataque brasileiro continuou inspirado. Com 25 pontos no terceiro período, contra apenas 14 das hermanas, as donas da casa ampliaram a vantagem no placar para 50 a 35. As argentinas até ameaçaram reagir no último período, mas já era tarde. Quando Paulo Bassul tirou Silvia a cinco minutos do fim, a pivô foi muito aplaudida pela torcida, que reconheceu seu esforço na decisão. Dali em diante, bastou controlar o jogo e festejar o título.


O técnico Eduardo Pinto elogiou o desempenho da sua equipe e fez questão de ressaltar a vitória do Brasil.

— Enfrentamos uma grande equipe que contou com o apoio de uma torcida maravilhosa. Mas a Argentina também tem seus méritos. Ganhamos a vaga para o Mundial e a inédita medalha de prata na Copa América. A nossa única derrota foi na final


BRASIL (07 + 18 + 25 + 21 = 71)
Adrianinha (9pts), Helen (5), Mamá (7), Fernanda (13) e Alessandra (12 e 16 rebotes). Entraram: Karen (7), Franciele (0) e Silvia (18). Técnico: Paulo Bassul

ARGENTINA (13 + 08 + 14 + 13 = 48)
Fernandez (8pts), Sanchez (13), Cava (7), Pavon (9) e Gatti (0). Entraram: Burani (0), Flores (0), Reggiardo (11), Mendoza (0), Cejas (0), Paoletta (0) e Landra (0). Técnico: Eduardo Lucio Pinto.

Rodada Final – Dia 27 de setembro

Disputa de 7º e 8º lugares – Venezuela 87 x 82 República Dominicana

Disputa de 5º e 6º lugares - Porto Rico 61 x 49 Chile

Disputa da medalha de bronze – Cuba 49 x 59 Canadá

Disputa da medalha de ouro – Brasil 71 x 48 Argentina

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

BRASIL ENFRENTA CANADÁ NESTA 6ª FEIRA EM CUIABÁ


Cuiabá / Mato Grosso — A seleção brasileira adulta feminina, patrocinada pela Eletrobrás, enfrenta o Canadá, nesta sexta-feira (dia 25), às 20h30 de Brasília, na última rodada da fase de classificação da 6ª Copa América / Pré-Mundial de Cuiabá. O SPORTV2 transmite ao vivo. A competição, que está sendo disputada no ginásio Aecim Tocantins, classifica as três melhores equipes para o Campeonato Mundial da República Tcheca, em 2010.

Em 34 jogos oficiais entre as duas equipes, as brasileiras venceram 27. O último confronto foi nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro (2007), quando o Brasil ganhou por 77 a 63. Há nove anos que as canadenses não derrotam a seleção brasileira. A última vitória (61 a 60) aconteceu nos Jogos Olímpicos de Sydney (2000).

A pivô Kelly Santos afirma que o ponto forte do Canadá são as armadoras e lembra que o Brasil está marcando muito bem e agora é hora do contra-ataque dar ainda mais trabalho às adversárias.

— O destaque canadense é a armadora Tereza Gabrielle, que é a cabeça do time. As pivôs são altas, mas inexperientes. Nos amistosos, evoluímos muito da primeira para a segunda partida e estaremos ainda melhores na sexta-feira. A defesa está eficiente e acredito que jogaremos mais soltas no ataque. Para isso, atenção será fundamental — disse Kelly, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Sydney (2000).

Brasil e Canadá fizeram dois amistosos na fase de preparação para a Copa América, com duas vitórias brasileiras (69 a 65 e 67 a 45) Na primeira rodada da competição em Cuiabá, as canadenses arrasaram a seleção dominicana por 103 a 37, enquanto o Brasil derrotou Porto Rico por 78 a 34.

De acordo com o regulamento da Copa América, na primeira fase as seleções jogam entre si, nos seus respectivos grupos. Os dois primeiros colocados de cada grupo se classificam para a semifinal, no sistema de cruzamento olímpico: A1 x B2 e B1 x A2. Os ganhadores decidem o título no domingo (21h30), enquanto os perdedores disputam a medalha de bronze (19h30).

BRASIL
4. Adrianinha; 5. Helen; 6. Karen; 7. Micaela; 8. Natália; 9. Kelly; 10. Mamá; 11. Fernanda; 12. Palmira; 13. Alessandra; 14. Franciele; 15. Silvia. Técnico Paulo Bassul.

CANADÁ
4. Riverin; 5. Gabriele; 6. Chapdelaine; 7. Adrian; 8. Smith; 9. Bekkering; 10. Pinske; 11. Achonwa; 12. Weigl; 13. Tatham; 14. Aubry; 15. Adams. Técnica: Allisson McNeill.

CÁNADA JÁ É SEMIFINALISTA

.
Cuiabá / Mato Grosso – A seleção do Canadá é a primeira semifinalista da 6ª Copa América Feminina / Pré-Mundial de Cuiabá, que está sendo disputada no ginásio Aecim Tocantins. Na abertura da segunda rodada, as canadenses superaram Porto Rico por 70 a 57 (32 a 27 no primeiro tempo). A cestinha da partida foi a portorriquenha Cyntia Valentim, com 18 pontos, enquanto a principal pontuadora canadense foi Teresa Gabrielle, com 13 pontos. Com a vitória o Canadá garantiu a vaga na semifinal e decide na sexta-feira (20h30) o primeiro lugar do grupo "A" contra o Brasil.

O jogo seguiu equilibrado até o fim do terceiro quarto quando o Canadá vencia o jogo por apenas sete pontos. Para o técnico Omar Gonzales, de Porto Rico, o preparo físico canadense definiu a partida no último período.

— Tivemos a oportunidade de jogar bem por três períodos, até cansarmos. O preparo físico do Canadá se sobressaiu, elas são uma equipe que tem banco e tem oportunidade de revezar as jogadoras. Agora vamos pensar na próxima partida e tentar a primeira vitória. Minhas jogadoras são profissionais e sempre entrarão em busca do melhor resultado.

O cansaço também foi lembrado pela cestinha Cynthia Valentin:

— Foi um jogo difícil, nós jogamos bem como equipe, mas ficamos cansadas no quarto período. Parabéns para o Canadá e vamos continuar em busca da primeira vitória e uma boa classificação.

Para a técnica Allison McNeil, sua equipe entrou muito relaxada em quadra, pela fácil vitória contra a República Dominicana.

— A dificuldade imposta pela equipe de Porto Rico é que nos fez entrar no jogo. A partida esteve muito amarrada nos três primeiros quartos, com as defesas jogando bem, mas os ataques errando muitos passes.

A técnica McNeill analisou o próximo adversário na competição.

— Fizemos dois amistosos contra o Brasil na semana passada e os dois times se conhecem bem pelas competições que disputaram nos últimos anos. Nós gostamos de enfrentar o Brasil porque é uma equipe que joga dentro do garrafão.

A pivô Aubry destaca as pivôs do Brasil como um dos pontos fortes da equipe.

— É um time que conta com boas jogadoras em todas as posições. Não basta só eu parar as pivôs brasileiras. É preciso que minhas companheiras também tenham uma boa atuação. Precisamos pressionar as pivôs para que o Brasil passe a arremessar de fora.

CANADÁ (11 + 21 + 15 + 23 = 70)
Adams (8pts), Aubry (12), Chapdelaine (5), Gabriele (13) e Smith (11). Entraram: Riverim (3), Bekkering (0), Achonwa (9) e Tatham (9). Técnica: Allison McNeil.

PORTO RICO (13 + 14 + 13 + 17 = 57)
Baez Febus (0pt), Vargas Sanchez (13), Martinez (2), Gonzáles (14) e Valentin (18). Entraram: Rosado Roman (2), Plácido Morales (0) e Santos Herandez (8). Técnico: Omar Axel Gonzalez.

O BRASIL GANHOU DE 59 PONTOS DA REPÚBLICA DOMINICANA NESTA QUINTA FEIRA

.
BRAxxDOM_01

Cuiabá / Mato Grosso – Um passeio com direito a placar centenário. Desta forma, a seleção brasileira, patrocinada pela Eletrobrás, conquistou mais uma vitória e, de quebra, a classificação para a semifinal da Copa América Feminina / Pré-Mundial de Cuiabá, que está sendo disputada no ginásio Aecim Tocantins. Liderada pela pivô Franciele, cestinha da partida com 23 pontos, o Brasil não encontrou dificuldades para vencer a República Dominicana por 121 a 62 (66 a 41 no primeiro tempo). Pelo lado dominicano, o destaque ficou por conta da jogadora Monsac, com 17 pontos.

Para o técnico Paulo Bassul, o destaque do jogo ficou com a parte ofensiva, que evoluiu em relação ao último jogo.

— Mas o contra-ataque ainda não fluiu como esperávamos. Este grupo é excepcional. Quem sai torce para quem está em quadra. Isso vai fazer a diferença na semifinal.

Apesar da relativa facilidade encontrada, a armadora Adrianinha, que marcou 10 pontos e oito rebotes, ressaltou a persistência da equipe em assumir o controle do jogo.

— Demoramos para conseguir abrir uma boa vantagem. Mas pelo fato de termos continuado jogando em um ritmo forte, conseguimos dominar o jogo. O importante é que a equipe está ganhando confiança a cada partida.

Apesar da derrota, o técnico Olando Franklin ficou satisfeito com o desempenho de sua equipe.

— Contra o Canadá fizemos apenas 37 pontos e contra o Brasil 62, ou seja, marcamos mais 25 pontos. Tenho uma equipe muito jovem e com pouca experiência internacional e enfrentamos uma das melhores equipes do mundo. A cada jogo vamos ganhando confiança e ajustando o time na quadra. Amanhã contra Porto Rico vamos tentar melhorar a defesa para conseguir a primeira vitória.

A seleção brasileira disputa a liderança do grupo “A”, amanhã (25), contra as também invictas canadenses.

— Esperamos um jogo truncado, porque as equipes se conhecem. Vamos ter de usar a criatividade para neutralizá-las.

De acordo com o regulamento da Copa América, na primeira fase as seleções jogam entre si, nos seus respectivos grupos. Os dois primeiros colocados de cada grupo se classificam para a semifinal, no sistema de cruzamento olímpico: A1 x B2 e B1 x A2. Os ganhadores decidem o título no domingo (21h30 de Brasília), enquanto os perdedores disputam a medalha de bronze (19h30).

BRASIL (36 + 30 + 30 + 25 = 121)
Adrianinha (10pts), Helen (20), Fernanda (12), Mamá (11) e Kelly (9). Entraram: Karen (7), Natalia (4), Palmira (7), Alessandra (14), Franceiele (23) e Silvinha (4). Micaela. Técnico: Paulo Bassul.

REPÚBLICA DOMINICANA (22 +19+ 16 + 5 = 62)
Estrella (13), Monsac Sierra (17), Brito (14), Frias (2) e Paniagua (11). Entraram: Castillo Guerrero (0), Sanchez (3), Caceres Almonte (1), Santos Segura (1), Feliz Rodriguez (0), Rivas Mendez (0) e Peralta (0). Técnico: Olando Franklin.

ARGENTINA GANHA DE 62 A 57 DO CHILE

.
ARGxxCHI_02 A Argentina derrotou a seleção do Chile por 62 a 57 (31 a 31 no primeiro tempo) e está classificada para a semifinal da 6ª Copa América Feminina / Pré-Mundial de Cuiabá, que está sendo disputada no ginásio Aecim Tocantins. O jogo válido pela segunda rodada teve como cestinha a argentina Carolina Sanchez, com 13 pontos. A principal pontuadora chilena foi Ziomara Morrison, que anotou 12 pontos, apesar de ter atingido o limite de faltas ainda no terceiro quarto. Outro destaque da partida foi a chilena Paula Moya Muñoz que conseguiu um Duplo-Duplo com 10 pontos e 10 rebotes.
O técnico chileno Christian Santander creditou a derrota de hoje à falta de experiência da equipe.
— Isto nos custou alguns lances importantes na partida. Outro problema que enfrentamos foi a saída prematura de nossa principal jogadora (Morrison).
A concentração da equipe foi ressaltada pela cestinha chilena
— Entramos na partida muito focadas. Com certeza, isso nos fez jogar bem. Perdemos nos detalhes finais e isso é muito duro para nós.
O lado argentino não escondeu a surpresa em ter pela frente um jogo tecnicamente equilibrado.
— Não imaginávamos uma partida tão disputada. Tivemos muitos problemas ofensivos que nos obrigaram inúmeros ataques forçados. Mas nosso maior mérito foi defender até o final. Jogos contra o Chile são sempre duros, mas este foi mais.
Para o jogo de amanhã, contra a Venezuela, a seleção chilena almeja a primeira vitória na competição.
— Queremos ganhar e lutar pelo quinto lugar, que nos seria muito honroso, projetou o técnico Christian.
Já a Argentina, que luta para manter os cem por cento na competição amanhã contra Cuba, promete mudanças.
Com certeza, vamos repensar algumas atitudes e aprender com nossos erros, principalmente na parte ofensiva – afirmou Eduardo Pinto.
ARGENTINA (16 + 15 + 13 + 18 = 62)
Fernandez (10pts), Sanchez (13), Reggiardo (9), Pavon (10) e Cava (11). Entraram: Landra (5), Gatti (2), Paoletta (2), Burani (0), Flores (0), Mendoza (0) e Cejas (0). Técnico: Eduardo Lucio Pinto.
CHILE (08 + 23 + 14 + 12 = 57)
Gomez (11pts), Morrison Jara (12), Moya Muñoz (2), Quintana Correa (7) e Valenzuela Cerda (1). Entraram: Novion (11), Troncoso Gajardo (10), Serrano Aburto (0), Curaz Moya (0), Naranjo Postigo (3), Morales Leyton (0) e Leiva Grez (0). Técnico: Christian Santander.

BRASIL SUPERA PORTO RICO NO PRIMEIRO DIA DE COMPETIÇÃO POR 78 x 34

.
Cuiabá / Mato Grosso – O Brasil estreou com o pé direito na 6ª Copa América Feminina – Pré Mundial de Cuiabá, que está sendo disputada no ginásio Aecim Tocantins, em Cuiabá. As comandadas do técnico Paulo Bassul derrotaram a seleção de Porto Rico por 78 a 34 (43 a 18 no primeiro tempo). A brasileira Adrianinha Pinto foi a cestinha da partida com 18 pontos. A principal pontuadora de Porto Rico foi Cynthia Marie, com 14 pontos.

Utilizando todas as atletas do banco, Paulo Bassul considerou positiva a primeira partida.

- Estrear é sempre uma coisa complicada. Gostei muito da nossa marcação, mas acho que precisamos melhorar na parte ofensiva, principalmente nos contra-ataques. De qualquer forma, a equipe está mostrando a cada jogo uma grande evolução e estamos muito focados nos nossos objetivos: a vaga para o Mundial e a conquista da Copa América.

Para o próximo duelo diante da República Dominicana, a armadora Helen projetou uma partida complicada.

- Temos que nos precaver contra as dominicanas, uma vez que elas arriscam mesmo e jogam com muito ímpeto.

O técnico porto-riquenho, Axel Omar Gonzales, reconheceu, após a partida, a superioridade das donas da casa.

- O trabalho realizado pelo Brasil é de altíssimo nível e, para nós, é uma experiência enriquecedora poder jogar contra elas. Contra o Canadá teremos uma partida decisiva e uma vitória nos deixa perto da semifinal.

A pivô da equipe, Esmary Vargas Sanchez, destacou a forte defesa brasileira, que anulou as principais jogadas da equipe.

- São jogadoras muito fortes, muito altas, e precisamos sempre de algo mais. Sabíamos que seria difícil a vitória, mas apesar da diferença final estamos confiantes num bom desempenho contra o Canadá.

A seleção brasileira, patrocinada pela Eletrobrás, volta à quadra nesta quinta-feira (20h30 de Brasília) para enfrentar a República Dominicana. Já Porto Rico terá pela frente o Canadá.

De acordo com o regulamento da Copa América, na primeira fase as seleções jogam entre si, nos seus respectivos grupos. Os dois primeiros colocados de cada grupo se classificam para a semifinal, no sistema de cruzamento olímpico: A1 x B2 e B1 x A2. Os ganhadores decidem o título no domingo (21h30), enquanto os perdedores disputam a medalha de bronze (19h30).

PORTO RICO (10 + 08 +12 + 04 = 34)
Esmary (7pts), Liza (0), Milagro (6), Cynthia Marie (14) e Lindsay Angelique (1). Entraram: Pámela Zoe (0), Aixanell (6), Juanita (0), Mildred (0), Angiely (0) e Marie (0). Técnico: Axel Omar Gonzales

BRASIL (22 + 21 + 18 + 17 = 78)
Adrianinha (18pts), Helen (5), Micaela (0), Mamá (7) e Kelly (5pts). Entraram: Karen (8), Natália (2), Fernanda (9), Palmira (1), Alessandra (10), Franciele (9) e Silvia (4). Técnico: Paulo Bassul

COMFIRA A AGENDA DA COPA AMÉRICA FEMININA DE CUIABÁ


Local: Ginásio Aecim Tocantins (Cuiabá / Mato Grosso)
Grupo A: Brasil, Canadá, Porto Rico e República Dominicana
Grupo B: Argentina, Chile, Cuba e Venezuela

1ª Rodada – Dia 23 de setembro
Chile 60 x 94 Cuba, República Dominicana 37 x 103 Canadá, Porto Rico x Brasil (20h) e Venezuela x Argentina (22h15)

2ª Rodada – Dia 24 de setembro
Canadá x Porto Rico (16h), Argentina x Chile (18h15), Brasil x República Dominicana (20h30) e Cuba x Venezuela (22h45)

3ª Rodada – Dia 25 de setembro
Porto Rico x República Dominicana (16h), Chile x Venezuela (18h15), Canadá x Brasil (20h30) e Argentina x Cuba (22h45)

Dia 26 de setembro
Disputa de 5º a 8º lugares
A3 x B4 (16h) e A4 x A3 (18h15)

Fase Semifinal
A1 x B2 (20h30) e A2 x B1 (22h45)

Dia 27 de setembro
15h30 – Disputa de 7º e 8º lugares
17h30 – Disputa de 5º e 6º lugares
19h30 – Disputa da medalha de bronze
21h30 – Disputa da medalha de ouro
OBS: Horário de Brasília (Cuiabá está uma hora atrás).

CANADÁ DERROTA REPÚBLICA DOMINICANA NA COPA AMÉRIA EM CUIABÁ POR 103 x 37

.

Cuiabá / Mato Grosso – A seleção do Canadá venceu a da República Dominicana por 103 a 37 (55 a 20 no primeiro tempo) pela primeira rodada da 6ª Copa América Feminina – Pré-Mundial de Cuiabá, que está sendo disputada no ginásio Aecim Tocantins, em Cuiabá. As cestinha da partida foram a canadense Ashley Adams e a dominicana Andreina Paniagua, com 16 pontos cada. Na preliminar Cuba derrotou o Chile por 94 a 60.

Para a técnica canadense Allison McNeill o resultado foi bom, considerando a juventude da equipe e o fato de se tratar de uma estreia.

- É sempre importante começar com uma vitória. Com certeza, nossos próximos resultados serão ainda melhores. Contra Porto Rico, temos que manter a agressividade com cestas de três pontos para conseguir uma nova vitória. Nosso primeiro objetivo é garantir a vaga para o Mundial.

Já pelo lado dominicano, o clima era de resignação. A atleta Paniagua ressaltou a dificuldade, sobretudo defensiva, em enfrentar o Canadá.

- Tivemos problemas em ajustar a transição defesa/ataque e marcar as canadenses que são muito altas. Para os próximos confrontos não vamos perder a vontade de vencer e representarmos da melhor forma possível nosso país.

REPÚBLICA DOMINICANA (13 + 07 + 08 + 09 = 37)
Estrella (2pts), Monsac Sierra (7), Brito (1), Frias (2) e Paniagua (16). Depois: Castillo Guerrero (0), Sanchez (0), Caceres Almonte (3), Santos Segura (6), Feliz Rodriguez (0) e Rivas Mendez (0). Técnico: Luis Rojas.

CANADÁ (25 + 30 + 22 + 26 + 103)
Aubry (14pts), Smith (12), Adams (16), Chapdelaine (5) e Gabriele (4). Depois: Riverin (10), Adrian (4), Bekkering (12), Achonwa (6), Weigl (7), Tatham (13). Técnica: Allison McNeill

COPA AMÉRICA FEMININA: CUBA 94 x 60 CHILE

.
Cuiabá / Mato Grosso – A seleção de Cuba derrotou a do Chile por 94 a 60 (41 a 27 no primeiro tempo) na abertura da 6ª Copa América Feminina / Pré-Mundial de Cuiabá, que está sendo disputada no ginásio Aecim Tocantins. Mesmo com a derrota, a pivô chilena Ziomara Morrison foi a cestinha da partida com 21 pontos. A principal pontuadora cubana foi a ala Yamara Amargo, com 15 pontos. A rodada terá ainda mais três jogos.

Para o técnico chileno Christian Santander a derrota pode ser explicada pela juventude e inexperiência da equipe.

- O Chile estará sempre tentando jogando de igual para igual, mas a nossa equipe é nova em relação a de Cuba. Vamos buscar melhorar nosso desempenho nos próximos jogos para obter a melhor colocação na Copa América.

O discurso foi repetido pela jogadora Paola Naranjo.

- Tentamos jogar de igual para igual, mas não conseguimos. Já esperávamos que o jogo fosse complicado, mas também cometemos muitos erros. Elas já possuem experiência e mostraram porque são uma das favoritas ao título.

Apesar da vitória por uma diferença de 34 pontos, o time cubano mantém a cautela.

- A vitória foi importante, mas precisamos pensar passo a passo. A equipe vai crescer durante a competição e aí sim poderemos fazer uma melhor avaliação de nossas chances. Acredito que Brasil, Cuba, Argentina, Canadá e Porto Rico são as forças que irão brigar pelas três vagas para o Mundial.

Para a pivô Noblet a equipe ainda vai melhorar durante o torneio.

- Temos uma boa defesa e aproveitamos todas as oportunidades, principalmente os contra-ataques. Tenho certeza que podemos melhorar muito nos próximos jogos.
Ainda é muito cedo para pensar no título.

As duas seleções voltam à quadra nesta quinta-feira para disputar a sua segunda partida na competição. As cubanas enfrentam a Venezuela, enquanto as chilenas encaram a Argentina.

CHILE (17 + 10 + 16 + 17 = 60)
La Quintana (11pts), Moyá, Troncoso (2), Morrison (21) e Gomez (13 e 9 rebotes). Entraram: Morales (0), Novion Castillo (4), Serrano (2), Valenzuela (1), Naranjo (6), Curaz (0) e Leiva (0). Técnico: Christian Santander.

CUBA (28 + 13 + 29 + 24 = 94)
Gelis (11pts), Amargo (15), Avila (8), Calvo (10) e Cepeda (9). Entraram: Romero (6), Casanova (4), Lazára Dominguez (2), Soría (9), Noblet (14), Fernández (0) e Hechavarria (6). Técnico: Albetto Zabala

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A RAINHA HORTÊNCIA FOI HOMENAGEADA EM CUIABÁ

.
20090923_330956_2309_Hortencia_Gde
A diretora do departamento feminino da CBB, Hortência Marcari, recebeu uma bela homenagem pelo aniversário de 50 anos no final do treino da seleção adulta feminina, na Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). Além do carinho das atletas e da comissão técnica, a eterna rainha do basquete ganhou flores das crianças do núcleo de Cuiabá do Projeto Social “Basquete do Futuro Eletrobrás”. Emocionada, Hortência falou da alegria de passar uma data tão importante com queridas colegas de trabalho.
— Estou comemorando meus 50 anos ao lado da minha segunda família, que é a do basquete. Isso me deixa muito feliz. O esporte me deu tudo que tenho e é uma emoção enorme vivenciar tudo de novo, agora como dirigente. Espero viver mais meio século para experimentar outros momentos como esse — comemorou Hortência.
A assistente técnica Janeth Arcain e a armadora Helen Luz, ex-companheiras de seleção da rainha deixaram mensagens de parabéns e felicidades.
— A Hortência é uma pessoa iluminada que já fez muito como jogadora e agora está fazendo como dirigente. É uma alegria tê-la como amiga. Só posso desejar ainda mais felicidade e saúde para a nossa eterna estrela do basquete — parabenizou Helen.
— Toda homenagem é mais do que justa para a Hortência, uma das mais importantes figuras do esporte brasileiro. Vivemos muitos momento juntas e conheço toda sua determinação, inteligência e talento. Parabéns por mais um ano de vida, amiga — disse Janeth.

No dia em que completa 50 anos, a diretora das seleções femininas da CBB, Hortência Marcari, participou ao vivo do programa BOM DIA MATO GROSSO, na TV Centro América, em Cuiabá, e recebeu de presente um bolo de aniversário. Em seguida, no programa REDAÇÃO SPORTV, foi entrevistada pelos jornalistas Marcelo Barreto, Roby Porto, Fábio Juppa, Paulo Lima e Felipe Awi e pelo comentarista Byra Bello.
— Eu sou uma pessoa abençoada porque me realizei no esporte ao qual me dediquei e que me deu tudo que tenho na vida. Fico muito feliz em poder comemorar meu aniversário junto com minhas amigas e companheiras de trabalho dentro do basquete. Mas eu já disse para as meninas da seleção que o meu presente de aniversário é o título da Copa América — explicou Hortência.

BRASIL ESTRÉIA HOJE NA COPA AMÉRICA

Agência/CBB

Quando a bola subir nesta quarta-feira, em Cuiabá, a seleção feminina do Brasil inicia sua campanha na Copa América contra Porto Rico, às 20h (de Brasília), em busca de uma das três vagas para o Mundial da República Tcheca, em 2010. Na quadra do ginásio Aecim Tocantins, contudo, a equipe de Paulo Bassul buscará algo mais que o passaporte: a identidade. Após atuações irregulares no período de amistosos e passagens turbulentas fora da quadra, é hora de mostrar se o trabalho está mesmo no caminho certo.

O SporTV transmite Brasil x Porto Rico ao vivo às 20h. A primeira rodada começa antes, às 16h, com Chile x Cuba. Às 18h, a República Dominicana enfrenta o Canadá. Após o jogo da seleção brasileira, Argentina e Venezuela encerram o dia.

- Temos que começar em ritmo forte. É uma competição curta e não podemos vacilar em partida alguma. A ansiedade da estreia existe, mas já somos maduras para trabalhar isso de forma positiva – afirmou a ala Micaela, uma das remanescentes da campanha decepcionante nas Olimpíadas de Pequim.

Fora da quadra, a seleção viveu situações conturbadas, como a convocação de Iziane, que tinha sido banida por Paulo Bassul no Pré-Olímpico de 2008. Apesar da insistência da coordenadora Hortência, que completa 50 anos nesta terça-feira, a jogadora do Atlanta Dream recusou o chamado. Companheira de Iziane na WNBA, Érika também não atendeu à convocação, já que o time se classificou para os playoffs nos Estados Unidos.

Agência/CBB

Dentro das quatro linhas, o Brasil penou na fase de amistosos, mesmo enfrentando adversários mais fracos. Apesar do longo período de treinos, a equipe demorou até encontrar seu jogo. No primeiro desafio, contra a Argentina, vitória apertada por 65 a 50. Na segunda partida, contra o mesmo adversário, a pior atuação: vitória por 77 a 71 na prorrogação, graças a Franciele, que jogou praticamente sozinha. Contra as canadenses, outro triunfo dramático, por 69 a 68, com bandeja de Adrianinha no último segundo. Só no último amistoso, a equipe bateu o Canadá com facilidade, por 67 a 45.

Antes da última partida, Bassul cortou a pivô Karina Jacob e fechou o elenco de 12 atletas. As armadoras são Adrianinha, Natália e Helen. As alas são Karen, Micaela, Fernanda e Palmira. No garrafão, o técnico conta com as pivôs Kelly, Mamá, Alessandra, Franciele e Silvia.

O Brasil está no grupo A e, após enfrentar Porto Rico, pega a República Dominicana (às 20h30m de quinta-feira) e o Canadá (às 20h30m de sexta). Das quatro equipes de cada grupo, duas avançam para as semifinais. As duas seleções finalistas e a dona da medalha de bronze se classificam para o Mundial da República Tcheca.

QUAL BRASIL VAI À QUADRA?


Após mais de dois meses de treinos em Barueri, a seleção feminina disputou uma série
de amistosos às vésperas da Copa América. E tropeçou nas próprias pernas. Mostrou um basquete preguiçoso, repleto de equívocos, com uma defesa muito permissiva e um ataque incrivelmente sem opções. Nos dois últimos quartos da última partida, contra o Canadá, o nível melhorou, a marcação apertou, o ataque acordou. Aí fica a dúvida: qual Brasil vai entrar em quadra na Copa América a partir de hoje, às 20h, em Cuiabá, na estreia contra Porto Rico?

A missão mais importante, claro, é garantir uma das três vagas para o Mundial da República Tcheca, e isso não deve ser muito difícil, devido ao nível das adversárias - até Cuba deve estar capenga, sem Yakelyn Plutín e Yayma Boulet. Se a equipe não conseguir a vaga, claro, será uma vergonha sem precedentes.

Confiando que vamos carimbar o passaporte, passamos a outro estágio: a análise do jogo, já olhando para o futuro, para o Mundial. A julgar pelo período de preparação, as cinco jogadoras que inspiram maior confiança no técnico Paulo Bassul - e podem inclusive formar o quinteto titular da Copa América - têm mais de
30 anos: Adrianinha, Helen, Micaela, Mamá e Alessandra. Sem julgar o valor individual
de cada uma (algumas ainda podem ser muito úteis), mas um quinteto com todas as atletas na casa dos 30 não deixa de ser um retrato do basquete feminino brasileiro, que pena para
se renovar e se agarra como pode às veteranas. Até quando?

Por Rodrigo Alves

REVIVENDO O PASSADO (JORDAN x RUSSELL, A REVANCHE)


No discurso na cerimônia do Hall da Fama, Michael Jordan citou Bryon Russell, ala do Utah Jazz, que o tinha provocado na primeira aposentadoria, em 1993, lamentando que não teria chance de anular o astro em quadra. Jordan retornou, Russell teve sua chance, e o resultado é a famosa cesta do título de 1998. Após o discurso, o jogador do Jazz disse que toparia enfrentar Jordan hoje num duelo um-contra-um.

Agora o desafio está oficialmente na mesa. Brandt Andersen, dono do Utah Flash, time da Liga de Desenvolvimento, ofereceu US$ 100 mil para os dois se enfrentarem, com o dinheiro sendo revertido para a caridade. Russell, aos 38 anos, já topou. Jordan, 46, recebeu uma mensagem de Andersen através de um amigo comum, mas ainda não deu resposta. Será que o mestre topa? Além da causa nobre, seria no mínimo interessante, não acham?

Por Rodrigo Alves

HELEN, RECORDISTA DE PARTICIPAÇÕES NA COPA AMÉRICA

.


Cuiabá / Mato Grosso — Além da precisão nos arremessos de três pontos, a armadora Helen Luz tem outra grande especialidade na carreira: classificar o Brasil para Campeonatos Mundiais. Helen disputa a Copa América / Pré-Mundial pela quarta vez em seis edições. Aos 36 anos, a atleta esbanja disciplina e principalmente, orgulho em defender a seleção brasileira. Treinando com o grupo desde o início da preparação, em julho, Helen é um exemplo de dedicação e talento a serviço do esporte nacional.

— Para mim não importa o campeonato, o que interessa é que estou defendendo o meu país e eu amo fazer isso. Na seleção o meu trabalho é ajudar, treinando, jogando, me preparando bem para cumprir os objetivos da temporada. As metas hoje são classificar o Brasil para o Mundial e ser campeã da Copa América de Cuiabá. O grupo está fechado neste objetivo e é para isso que estamos aqui e treinamos por tanto tempo: para subir no degrau mais alto do pódio.

A Copa América / Pré-Mundial de Cuiabá dura cinco dias (23 a 27 de setembro) e Helen explica o que é preciso para ter sucesso em uma competição tão curta. E garante que o Brasil está bem preparado para conquistar mais um título.

— A participação de todas é fundamental. A equipe inteira tem que estar bem para garantir um proveitoso revezamento, sem deixar o nível técnico cair. Treinamos um bom tempo e foi possível trabalhar com tranqüilidade, sem atropelamentos. Acredito que temos todas as chances de sermos campeãs em Cuiabá. Como sempre, Cuba, Argentina e Canadá são as adversárias mais fortes na competição.

Por falar em Cuiabá, Helen também é veterana em defender o Brasil em território nacional. A armadora jogou em terras brasileiras em um Sul-Americano (Vitória/2009), três Pré-Mundiais (São Paulo/93 e 97 e Maranhão/2001), além do Campeonato Mundial 2006, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Helen está feliz com o apoio da torcida cuiabana e tomando todo cuidado necessário para a estadia em uma cidade de clima tão quente.

— É uma delícia jogar para a nossa torcida. O público compareceu em massa ao amistoso contra o Canadá e prestigia os nossos treinos. Com certeza, o ginásio estará lotado na Copa América. O primeiro dia aqui foi muito quente, mas até que o clima amenizou um pouco. O segredo é seguir as ordens da nutricionista e nos hidratarmos o tempo inteiro. Minha companheira mais constante aqui é a garrafinha de água.

Quando acabar a Copa América, Helen segue quase diretamente para a Espanha, onde se apresenta ao Hondarribia Irum dia 30 de manhã. Aí entra mais uma habilidade da versátil jogadora: fazer malas em tempo recorde.

— Não gosto de fazer mala, mas sou bastante organizada e já deixo tudo adiantado. As roupas de frio ficaram na Europa. Eu e meu marido levamos uma mala grande cada um. Quando chegamos ao Brasil em maio é que viemos lotados de coisas. Sou controlada com gastos, mas liquidação européia não há quem resista, não é?

COM CINCO JOGADORAS NA CASA DOS TRINTA ANOS SELEÇÃO BUSCA VAGA NO MUNDIAL

Marcelo Ferrelli/Gazeta Press

Depois de fracassar nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008, o técnico Paulo Bassul resolveu apostar na experiência. Nos últimos amistosos antes da estreia na Copa América de Cuiabá, ele lançou mão das cinco trintonas de seu elenco e armou o time titular com Alessandra, Mamá, Helen, Adrianinha e Micaela. O quinteto com média de idade de 32,4 anos e o tratamento com pílulas anticoncepcionais para evitar que as atletas sofram com a TPM durante o torneio são as armas da equipe que inicia a luta por uma vaga no Mundial da República Tcheca-2010 às 20 horas (de Brasília) desta quarta-feira, diante de Porto Rico.

Em sua pior performance olímpica, o Brasil superou apenas a seleção de Mali e encerrou os Jogos de Pequim no penúltimo lugar. Com vacilos nos momentos decisivos das partidas, o time se despediu ainda na primeira fase após derrotas contra Coréia do Sul, Austrália, Letônia e Rússia. Para Bassul, o fiasco foi consequência da falta de experiência da equipe levada à China. A média de idade do grupo convocado para buscar uma das três vagas no Mundial que a Copa América oferece não é muito maior (28,3 x 27,5), mas a vivência das atletas chamadas para a competição no Mato Grosso faz a diferença.

No grupo que foi à Pequim, apenas Claudinha, Êga e Mamá tinham mais de 30 anos e cinco das 12 convocadas nunca haviam jogado um Mundial ou uma Olimpíada. Adrianinha, Claudinha e Kelly, bronze em Sidney-2000, eram as únicas medalhistas. No elenco da Copa América, somente Natália Burian e Palmira Marçal não têm Mundiais ou Olimpíadas no currículo. Adrianinha e Kelly ainda ganharam a companhia de Helen (bronze em Sidney) e Alessandra (prata em Atlanta-1996 e bronze em Sidney). Para completar, ambas são remanescentes do título Mundial conquistado na Austrália em 1994.

Helen, 36 anos, e Alessandra, 35 anos, são as duas mais velhas do elenco. Experientes e consagradas, ambas jogam na Europa e já davam a carreira na seleção brasileira como encerrada. Companheiras de Hortência durante anos no time nacional, elas atenderam a um pedido da ex-jogadora, atual coordenadora do basquete feminino, e retornaram à equipe. A pivô voltou após a ascensão de Carlos Nunes à presidência da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) no lugar de Gerasime "Grego" Bozikis. Ainda assim, a atleta manteve o processo contra a entidade, acusada de não pagar o seguro por sua lesão no Mundial do Brasil-2006.

As cinco veteranas da seleção posaram para a GE.Net antes da vitória por um ponto sobre o Canadá, na última quinta-feira, em Barueri. Ao olhar para o lado e ver Helen, Adrianinha, Micaela e Mamá, Alessandra brincou: "você quer fotografar só as trintonas, né?". O grupo de 162 anos conta com a confiança de Bassul. "Nos momentos cruciais, essas jogadoras dão estabilidade para o time tomar as decisões corretas na velocidade que o jogo pede. O auge de uma jogadora de basquete é com 28 anos, quando ela junta condição física, psicológica e técnica. Elas ainda estão próximas desse nível e podem acrescentar muito tanto no aspecto técnico individual, quanto no coletivo", disse.

Há mais de uma década na seleção, o preparador físico João Nunes teve contato com Helen e Alessandra na primeira passagem da dupla pela equipe nacional. Na véspera da estreia na Copa América, ele atesta a boa forma física das cinco veteranas convocadas pelo técnico Paulo Bassul. "O que importa é o estado e as condições de saúde de cada atleta. Pode ter uma menina de 35 anos melhor que uma de 27. Com o tempo, elas perdem velocidade, agilidade e explosão. Mas em um esporte coletivo, acabam achando um entendimento melhor e encurtam alguns caminhos dentro da quadra. Uma jogadora tecnicamente melhor satisfaz essas perdas com experiência", analisou.

Com 1.205 pontos e 120 jogos na seleção brasileira, Helen não conhecia boa parte das atuais jogadoras do time. A veterana chegou a afirmar que as jovens são "mais preguiçosas" e treinam menos do que antigamente em função de distrações como a Internet e o telefone celular. Para Paulo Bassul, a situação é inevitável. "Isso sempre tem, principalmente em idade mais de adolescência, mas é uma coisa mundial. O que faz a jogadora treinar é a competitividade. Quando ela percebe que tem muita gente brigando pela mesma coisa, é obrigada a ralar, treinar e se esforçar para entrar na briga", afirmou.

Principal líder do elenco, Helen notou a falta de malícia de algumas de suas companheiras durante o período de treinamento em Barueri. "Elas ainda não sabem decidir o momento certo de passar bem uma bola ou de arremessar. O basquete é decido nos detalhes e eu e a Alê temos a obrigação de apontar as coisas que as mais novas não conseguem ver", afirmou a armadora, acompanhada por Alessandra. "Não digo que é falta de talento, mas às vezes falta um pouco de experiência. Elas são muito ingênuas em alguns momentos. Depois do Mundial de 2006, essas meninas assumiram uma responsabilidade muito grande de um dia para o outro", analisou a pivô, que tem 1.404 pontos e 116 jogos no time nacional.

Em fase final de carreira, ambas pretendem jogar no Brasil na próxima temporada e admitem a possibilidade de disputar o Mundial da República Tcheca-2010. Alessandra usa a trajetória de Hortência como exemplo. "Eu achava que já estava velha para jogar na seleção, mas ela me disse: 'quando eu ganhei a prata em Atlanta com você, tinha 36 anos'. Eu falei: 'nossa, nem parecia!'. Se ela jogava tudo aquilo com 36, eu ainda estou bem para a seleção. Não tenho que provar mais nada para ninguém. Se eu puder fazer 20 corta-luzes para deixar uma menina livre, vou fazer. Não vou ficar brigando para chutar uma bola que muitas vezes não vou ter nem força física para chutar. Nós, as mais velhas, estamos com a cabeça de nos doar para o grupo", disse.

Comissão usa anticoncepcionais para evitar TPM


A Copa América será realizada entre os dias 23 e 27 de setembro. Para garantir que as 12 convocadas estejam em plenas condições físicas e psicológicas neste período, a comissão técnica da seleção contou com a consultoria de Thatiana Parmigiano, especialista em ginecologia do esporte. Com a administração de pílulas anticoncepcionais indicadas pela médica, o técnico Paulo Bassul espera contar com força total em Cuiabá.

"Tem menina que sente muito esse problema. A partir do momento em que hoje existem métodos de controle para prevenir isso, o ideal é que você utilize e evite esses efeitos", disse o treinador. A tensão pré-menstrual (TPM) é um conjunto de sintomas físicos e comportamentais que ocorre na segunda metade do ciclo. Nervosismo, alterações de humor, cólicas, ansiedade e dor de cabeça são alguns dos sintomas. Com o tratamento, as jogadoras não estão ficando menstruadas e, consequentemente, têm evitado o desconforto.

Em Barueri, Parmigiano ministrou uma palestra para o grupo e conversou individualmente com cada convocada. As jogadoras ainda passaram por ultra-sonografia e realizaram alguns exames de sangue indicados pela médica. Durante as consultas, a ginecologista apurou se as atletas gostam ou não de jogar menstruadas, se o fluxo chega a atrapalhar durante os jogos e treinos, se elas já usaram o chamado "calendário competitivo" anteriormente e outras particularidades. Com base nestes dados, elaborou os tratamentos.

"A atleta treina o ano inteiro para jogar um campeonato e às vezes fica menstruada naquele dia, tem uma cólica forte e fica de cama", exemplificou Parmigiano. "Em uma competição de menos de uma semana, a gente consegue programar com elas e evitar a TPM neste período. Quando dei a palestra, uma das jogadoras mais importantes da seleção falou que odiava jogar menstruada e não sabia que tinha a opção de evitar isso. A ideia é você competir no período em que se sente melhor", completou a médica, que também conversou com a equipe sub-16.

Como algumas pílulas contêm substâncias que podem ser detectadas no exame antidoping, o tratamento deve ser minucioso e feito por um especialista. Uma das jogadoras mais experientes do elenco, a pivô Alessandra aprova o acompanhamento com a ginecologista. "Tem meninas que não conseguem nem sair da cama de tanta cólica. Então, é uma coisa que tem que ser estudada antes da competição. Se os jogos caem nos dias que você está mal, pode jogar um torneio importante por água abaixo", explicou.

Apesar da meta de evitar a TPM durante as competições, o técnico Paulo Bassul garante ser compreensivo e mudar o grau de exigência ao perceber que uma determinada atleta está sofrendo com os sintomas do período. "O treinador precisa ter essa sensibilidade. Estamos lidando com seres humanos, e não com máquinas. Então, você precisa ter essa dosagem de às vezes individualizar a questão", declarou o comandante do time feminino.

Com o longo tempo de convivência intensa, as próprias jogadoras aprenderam a identificar o estado umas das outras. "A gente acaba se conhecendo um pouco. Se tem uma menina que não está em um dia legal, você tem que respeitar, porque cada uma é como é. Se você vê que uma menina está a fim de brincadeira, vai lá e brinca. Se você percebe que ela está mais quietinha, você respeita. A gente encara isso com naturalidade", disse a armadora Helen.

A estratégia de usar anticoncepcionais para impedir a TPM foi empregada com sucesso pelo técnico José Roberto Guimarães nas Olimpíadas de Pequim-2008. Ele já controlava os ciclos menstruais das atletas da seleção feminina de vôlei para preparar os treinamentos físicos. Ao descobrir que boa parte do elenco menstruaria no meio da competição, o treinador e sua comissão resolveram adotar o expediente e foram premiados com a medalha de ouro.

Vaidade, cremes e experiência movem atletas "over 30"

Alessandra, Mamá, Helen, Adrianinha e Micaela passam boa parte do tempo de tênis, shorts, cabelo preso e pingando de suor. A rotina de atleta, no entanto, não afasta a vaidade das trintonas da seleção brasileira. Após romper a temida barreira, elas apelam a cremes anti-envelhecimento e apostam na experiência dentro da quadra.

"Tem menina de 25 anos que usa anti-age (anti-idade)! Eu também uso, não vou mentir. Ainda não preciso de botox, porque estou bem (risos). Tem gente que me encontra e fala: 'meu Deus, você está com o mesmo corpo que tinha 10 anos atrás!", diz Alessandra, antes de reconhecer, em tom de lamentação: "eu dei uma engordadinha...".

Ela lembra bem do traumático dia em que completou seu 30º aniversário. "Eu estava no vestiário. Vieram duas jogadoras estrangeiras do meu time e falaram: 'welcome to the club' (bem-vinda ao clube). Foi duro... Eu chorei! Mas depois... Fazer o quê? Eu me conformei. O bom é ter 30 anos e estar bem", disse.

Apesar da idade, Alessandra fez uma temporada de alto nível na Europa e passou pela experiência inusitada de atuar ao lado de uma jogadora de 15 anos. No Bourges, a atleta conquistou a Liga Francesa e a Copa da França. "Eu e minhas companheiras over 30 (acima de 30) estamos correndo, estamos chutando, estamos jogando bem e fazendo a diferença", discursou.

Para Helen, a mais velha do elenco convocado para a Copa América, o dia 23 de novembro de 2002 foi mais tranquilo. "Eu adorei fazer 30 anos. Se soubesse que era tão bom, tinha feito antes! Acho que é o nosso melhor momento. É a fase que a gente está mais madura, sai daquela transição de menina para mulher e vê que a vida tem outros valores", explicou.

A armadora assegura que nunca mentiu a idade, mas também contribui com o lucro de bilhões por ano do mercado de cosméticos. "Eu sou meio preguiçosa, mas sempre pinto o cabelo e uso um produto para o rosto. Não gosto cabelos brancos, e tenho muitos. O que me incomoda, eu cuido", explicou Helen.

Um dos destaques do espanhol Hondarríbia Irun na última temporada, ela ainda não pensa na aposentadoria, assim como Alessandra. "Tenho amigas na Europa jogando até com 40 anos. É claro que o físico de uma menina de 20 anos não é igual ao meu, mas nossa experiência e preparação compensam. Tenho 36 e estou com vontade de jogar".

terça-feira, 22 de setembro de 2009

SEIS ATLETAS DA SELEÇÃO JOGAM A COPA AMÉRIA PELA PRIMEIRA VEZ

20090921_286476_2109_estreantes_gde Seis atletas da seleção brasileira adulta feminina, patrocinada pela Eletrobrás, vão encarar pela primeira vez a responsabilidade de classificar o Brasil para o Campeonato Mundial da República Tcheca, em 2010. São elas Adrianinha Pinto, Natália Burian, Fernanda Beling, Franciele Nascimento, Karen Gustavo e Palmira Marçal. Apesar de terem no currículo competições internacionais importantes, incluindo Jogos Olímpicos, esse grupo nunca sentiu o gostinho de ajudar a carimbar o passaporte brasileiro para Mundial adulto de seleções.
É o caso de Adrianinha, de 30 anos. A experiente armadora é dona de uma medalha de bronze olímpica (Atenas/2004) e de um quarto lugar no Mundial do Brasil (2006). Além disso, ajudou a seleção nacional a se classificar para duas edições das Olimpíadas, participando de dois Pré-Olímpicos (Cuba/1999 e México/2003). Agora, a atleta é uma das referências do time que busca estar na República Tcheca em 2010.
— Com tantos anos competindo sem parar nem lembrei que nunca disputei uma Copa América. Experiências inéditas renovam a gente. É uma motivação a mais para trabalhar. Acho que a equipe está bem preparada, com alguns pequenos detalhes para melhorar e vamos crescer a cada partida, no objetivo de carimbar o passaporte para a República Tcheca e alegrar a torcida brasileira subindo no lugar mais alto do pódio — comentou Adrianinha.
Natália, Karen e Franciele sentiram recentemente a responsabilidade de disputar um torneio classificatório. As três estiveram no Pré-Olímpico Mundial da Espanha, o ano passado, que garantiu a vaga para a Olimpíada de Pequim. Cientes da importância da missão, as jogadoras treinam com garra e alegria.
— É sempre uma responsabilidade enorme defender a seleção brasileira e nessa Copa América não será diferente. Temos que estar focadas no objetivo e ajudar o Brasil a conquistar essa vaga para o Mundial. Acho que Cuba, Argentina e Canadá serão os nossos adversários mais difíceis. Mostramos evolução nos amistosos e estamos corrigindo os erros para jogar ainda melhor e sair de Cuiabá com a vaga nas mãos — explicou a armadora Natália.
— Eu, como uma das mais novas do grupo, me sinto muito feliz de estar desde o início deste novo ciclo olímpico da seleção. O primeiro grande desafio é a classificação para o Mundial e temos certeza que o Brasil estará lá — comentou a ala/armadora Karen.
— Como nunca participei de um Mundial Adulto, quero estar na República Tcheca custe o que custar. Para isso, o Brasil precisa se classificar e eu tenho que jogar bem até lá, claro. O primeiro desafio depende do grupo que está aqui e sei que todas estamos muito comprometidas em vencer a Copa América, mostrando mais uma vez o talento do nosso basquete. Estou aprendendo muito com as pivôs mais experientes, como a Alessandra, para estar bem preparada para os desafios que a minha geração tem pela frente — disse a pivô Franciele.
As outras estreantes, Fernanda e Palmira, concordam com as companheiras que o Brasil tem tudo para ficar com uma das três vagas e ganhar a competição em Cuiabá.
— É uma alegria participar de uma competição tão importante. Nunca joguei pela seleção no Brasil, o que me deixa ainda mais animada. Será uma emoção inesquecível para mim. A gente passa nas ruas de Cuiabá e todo mundo sabe o que estamos fazendo na cidade. Com certeza, o público comparecerá em peso para nos ajudar e queremos retribuir com a conquista do título. É a nossa meta e acredito que a equipe está pronta para isso, crescendo a cada dia rumo à estreia contra Porto Rico — disse Fernanda, que esteve na Olimpíada de Pequim e foi vice-campeã mundial sub-21 (Croácia/2003).
— Jogar em casa aumenta a responsabilidade, mas é uma pressão saudável do público, que nos traz ainda mais estímulo em quadra. Estamos bem preparadas para alcançar os nossos dois objetivos, que são a vaga para o Mundial e o título da Copa América — concluiu Palmira, que ajudou o Brasil na conquista da medalha de prata no Pan-Americano do Rio de Janeiro, em 2007.