segunda-feira, 28 de setembro de 2009

BRASIL É CAMPEÃO INVICTO DA COPA AMÉRICA


.

No início da partida deste domingo, parecia que a seleção feminina já estava satisfeita com a classificação para o Mundial e não fazia questão do título da Copa América. Era só uma impressão. A partir do segundo quarto, a equipe de Paulo Bassul partiu para cima da Argentina, abriu vantagem e colocou um ponto de exclamação na campanha em Cuiabá. A vitória por 71 a 48 coloca na bagagem – ao lado do passaporte para a República Tcheca – a taça do continente.

O técnico brasileiro Paulo Bassul destacou o sistema defensivo da Argentina, que surpreendeu o Brasil no começo do jogo.

— Elas fizeram um sistema diferenciado, com uma marcação pouco utilizada normalmente, que isolou nossas principais atletas. E isso fez com que outras se sobressaíssem na partida. Alcançamos todos os objetivos. A força do nosso trabalho, da nossa união, fez com que superássemos as críticas após os amistosos. Este grupo é muito grande e trabalha demais. Todos estão de parabéns.

Bassul também elogiou a organização do evento e a participação da torcida.


— Tudo funcionou muito bem. E foi incrível ver esse ginásio lotado, com mais de 12 mil pessoas, nos empurrando desde o primeiro momento. Vou fazer um trocadilho com o nosso patrocinador, a Eletrobrás. A torcida passou uma energia muito boa na quadra e isso foi fundamental para a vitória.

A terceira vaga para o Mundial ficou com o Canadá, que arrancou uma vitória dramática sobre Cuba na disputa do bronze. As canadenses venceram na prorrogação por 59 a 49 e vão se juntar a brasileiras e argentinas no torneio que será disputado em setembro de 2010.

Desta vez, a surpresa verde-amarela saiu do banco. A pivô Silvia anotou 18 pontos, quatro rebotes e três roubos. A companheira de garrafão Alessandra também fez bonito embaixo da cesta, compensando seus sete desperdícios com 12 pontos e 16 rebotes. Helen, que tinha brilhado na semifinal contra Cuba, ficou zerada até a metade do quarto período e deixou a quadra com cinco pontos. A torcida nem ligou: era dia de festa no ginásio Aecim Tocantins.

- O Paulo Bassul foi muito feliz quando disse que cada jogo seria o jogo de alguém diferente. O mais importante era que todo dia tinha que ser dia do Brasil – afirmou Silvia, pouco antes de dar um beijo no filho pequeno, que estava no ginásio.



Com o dever cumprido pela classificação ao Mundial, o Brasil entrou em quadra no domingo relaxado demais. As argentinas se aproveitaram disso e abriram 10 a 3 no placar. O que parecia apenas um começo instável se transformou num primeiro quarto para se esquecer. Nos 13 arremessos tentados no período, apenas um acerto. Resultado: derrota parcial por 13 a 7.

No segundo quarto, o panorama foi outro. O Brasil emplacou uma incrível sequência de 15 a 0 e não só virou o placar como abriu boa vantagem. Após sete minutos sem pontuar, a Argentina conseguiu se reencontrar e evitou um estrago maior. A equipe verde-amarela foi para o intervalo vencendo por 25 a 21.

Na volta do vestiário, o ataque brasileiro continuou inspirado. Com 25 pontos no terceiro período, contra apenas 14 das hermanas, as donas da casa ampliaram a vantagem no placar para 50 a 35. As argentinas até ameaçaram reagir no último período, mas já era tarde. Quando Paulo Bassul tirou Silvia a cinco minutos do fim, a pivô foi muito aplaudida pela torcida, que reconheceu seu esforço na decisão. Dali em diante, bastou controlar o jogo e festejar o título.


O técnico Eduardo Pinto elogiou o desempenho da sua equipe e fez questão de ressaltar a vitória do Brasil.

— Enfrentamos uma grande equipe que contou com o apoio de uma torcida maravilhosa. Mas a Argentina também tem seus méritos. Ganhamos a vaga para o Mundial e a inédita medalha de prata na Copa América. A nossa única derrota foi na final


BRASIL (07 + 18 + 25 + 21 = 71)
Adrianinha (9pts), Helen (5), Mamá (7), Fernanda (13) e Alessandra (12 e 16 rebotes). Entraram: Karen (7), Franciele (0) e Silvia (18). Técnico: Paulo Bassul

ARGENTINA (13 + 08 + 14 + 13 = 48)
Fernandez (8pts), Sanchez (13), Cava (7), Pavon (9) e Gatti (0). Entraram: Burani (0), Flores (0), Reggiardo (11), Mendoza (0), Cejas (0), Paoletta (0) e Landra (0). Técnico: Eduardo Lucio Pinto.

Rodada Final – Dia 27 de setembro

Disputa de 7º e 8º lugares – Venezuela 87 x 82 República Dominicana

Disputa de 5º e 6º lugares - Porto Rico 61 x 49 Chile

Disputa da medalha de bronze – Cuba 49 x 59 Canadá

Disputa da medalha de ouro – Brasil 71 x 48 Argentina

Nenhum comentário: