terça-feira, 31 de agosto de 2010

BRASIL FAZ UMA EXCLENTE PARTIDA MAS PERDE POR DOIS PONTOS PARA OS ESTADOS UNIDOS


Se existem derrotas que valem mais que vitórias, o Brasil experimentou o sabor de uma delas nesta segunda-feira. Após duas atuações apagadas contra os fracos Irã e Tunísia, a seleção
de Rubén Magnano se agigantou – e logo contra os Estados Unidos. Perdeu o jogo, mas ganhou moral. Vestindo verde e se agarrando à esperança o tempo todo, a equipe virou o primeiro tempo na frente, manteve o placar apertado até o fim e só viu a vitória escapar na
última bola. No banco, o carrasco Rubén Magnano quase beliscou mais uma em cima dos craques da NBA. Desta vez não deu, 70 a 68. Mas foi, com sobras, a atuação que o Brasil perseguia para recuperar a confiança.

Magnano, que já tinha batido os EUA em 2002 e 2004, no comando da Argentina, mostrou que conhece bem o caminho para incomodar a maior potência do basquete. Nesta segunda, bateu na trave. Marcelinho Huertas teve a chance de empatar a três segundos do fim, mas errou o primeiro lance livre. Desperdiçou o segundo de própósito e fez a bola chegar a Leandrinho, que, bem marcado, não conseguiu forçar a prorrogação (veja os lances no vídeo acima).
Tyson Chandler e Tiago Splitter, Miundial de Basquete TurquiaO

Após o alívio de segunda-feira, a seleção ganha uma merecida folga na terça e só volta à quadra na quarta, para enfrentar a Eslovênia. Aí, sim, começa para valer a briga por posições no grupo B. A primeira fase termina na quinta, contra a Croácia. Nesta segunda, os eslovenos bateram os croatas por 91 a 84, e o Irã derrotou a Tunísia por 71 a 58. Quatro dos seis países vão às oitavas.

O cestinha brasileiro nesta segunda, em Istambul, foi Marquinhos, que começou como titular e terminou com 16 pontos. Quem também brilhou foi Tiago Splitter, com ótima atuação defensiva, além de 13 pontos e 10 rebotes. Leandrinho fez 14, seguido pelos oito de Marcelinho Huertas, que ainda deu cinco assistências e pegou quatro rebotes.

- Sabíamos que tínhamos uma grande equipe pela frente e jogamos de igual para igual. A gente não queria levar de sapatada. Agora eles sabem que tem perigo pela frente. Tenho certeza que estão surpresos sim. Ninguém gosta de perder, mas foi de um jeito bom - afirmou Leandrinho.

Os americanos devem a vitória a Kevin Durant, que comandou o ataque com 27 pontos, além de 10 rebotes. Chauncey Billups contribuiu com 15, enquanto Derrick Rose fez 11.

Equilíbrio desde o inícioDurante o aquecimento, o armador Russel Westbrook dançava após cada bandeja. Kevin Durant era mais comedido que seu companheiro. Olhava Anderson Varejão fora da quadra e parecia imaginar que, sem o ala-pivô do Cleveland Cavaliers, encontraria do outro lado uma equipe fragilizada. Enganou-se. Um Brasil atento, preciso no ataque e na defesa e com postura de vencedor mostrou a sua cara. Fez o que nenhuma outra seleçao da chave conseguiu: virar o primeiro quarto na frente dos americanos (28 a 22).


Leandrinho e Ruben Magnano no jogo do Brasil contra EUA no Mundial de Basquete Quem achava que já era o suficiente se surpreendeu com o segundo período. Assustados, os americanos não conseguiam pôr em prática os contra-ataques que até então tinham sido letais. A marcação brasileira fechava a porta e só Kevin Durant ousava tentar passar por ela. A jovem estrela carregava o time nas costas e ouvia a arquibancada pedir por defesa depois que a diferença chegou aos oito pontos (33 a 25).
Na metade do segundo quarto caiu para um, após um breve momento de desatenção que levou a erros bobos de passe. Nada que não pudesse ser recuperado por Marquinhos, com a mão certeira da linha de três. Que não pudesse ser resolvido por Splitter, gigante nos dois garrafões. Com a pontuação bem distribuída, os comandados de Magnano sobraram e conseguiram o que soava impossível: foram para o intervalo carregando uma vantagem de 46 a 43.

O estrago era tamanho que o técnico Mike Krzyzewski se levantou da cadeira, abandonou o temperamento zen e reclamou muito com sua equipe. O Brasil continuava ditando o ritmo e isso o incomodava. Durant e Derrick Rose trataram de acalmar o chefe. Foram eles que colocaram os Estados Unidos na frente: 52 a 50. Magnano pensava rápido, coçava a cabeça e chamava Alex para o jogo, já que Huertas estava pendurado com quatro faltas, mesma condição de Splitter. O time sentiu o golpe com a saída do armador. Em uma sequência sem sucesso de arremessos longos, deixou o adversário escapar (61 a 55). Por pouco tempo. Leandrinho tomou a iniciativa e diminuiu ao fim do terceiro período: 61 a 59.

Leandrinho na partida do Brasil contra os EUA no Mundial

Antes da volta para os últimos dez minutos, uma pane no placar colocava os americanos na posição confortável que vinham encontrando no torneio: 61 a 0 a seu favor. Era só um erro tecnológico. Ao fundo, a trilha sonora parecia ter sido escolhida a dedo para os brasileiros. Tocava "I got a feeling", do Black Eyed Peas, prevendo o sentimento de uma noite boa em Istambul. Durant começou a errar lances livres. Marquinhos acertava mais uma de três. Àquela altura, um torcedor solitário que gritava pelos EUA ganhava vaias como resposta.

Os americanos tinham mais um ataque e dois pontos de frente. Erraram. Restando sete segundos, com a Abdi Ipekci de pé, Huertas partiu para a cesta, sofreu falta e a bola caprichosamente bateu no aro e não caiu. A 3s, ela chorou de novo no primeiro lance livre. O armador, então, errou o segundo de propósito para aproveitar o rebote.

A estratégia deu certo, mas Leandrinho, bem marcado, não conseguiu converter os pontos que dariam o empate. Fim de jogo. Os americanos aplaudiram e comemoraram como ainda não tinham feito na Turquia. No centro da quadra, os brasileiros se abraçaram, certos de que, apesar da derrota, o dever de recuperar a confiança estava cumprido.

BRASIL: Huertas (8 pontos), Leandrinho (14), Alex (5), Marquinhos (16) e Tiago Splitter (13). Entraram: Marcelinho Machado (7), Murilo (0), Guilherme Giovannoni (5) e JP Batista (0). Varejão (lesionado), Raulzinho e Nezinho não entraram.

EUA: Derrick Rose (11), Chauncey Billups (15), Andre Iguodala (3), Kevin Durant (27) e Lamar Odom (8). Entraram: Russell Westbrook (2), Rudy Gay (1), Eric Gordon (0), Kevin Love (3) e Tyson Chandler (0).

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

SELEÇÃO BRASILEIRA SUB-15 FEMININA DE BASQUETE SEGUE TREINANDO EM LAS VEGAS



Las Vegas /EUA – A seleção brasileira de base feminina, patrocinada pela Eletrobras, está participando, desde domingo (dia 22), do programa de treinamento da IMPACT Basketball em Las Vegas, nos Estados Unidos. A equipe nacional está trocando ideias sobre técnica, preparação física e fisioterapia em instalações do mesmo padrão da NBA. O grupo, formado por 14 jogadoras entre 14 e 16 anos, está treinando cinco horas e meia por dia e vai seguir este ritmo até a próxima segunda-feira (30). A ida aos Estados Unidos faz parte da preparação rumo aos campeonatos sul-americanos sub-15, em outubro, e sub-17, em 2011.

— O treinamento está sendo bastante proveitoso. As meninas estão se dedicando bastante, atentas a todas as informações transmitidas pelos profissionais da Impact. O nosso é foco a melhora da qualidade do passe e dos movimentos técnicos finais, visando aos próximos campeonatos. O trabalho de fundamento é muito parecido com o desenvolvido no Brasil, mas um intercâmbio como esse agrega valores importantes para a preparação — comentou o técnico Cristiano Cedra.

As jogadoras estão aproveitando ao máximo a oportunidade de aprender com grandes profissionais do basquete.

— Os treinos são bem puxados. São várias coisas para aprender em poucos dias. O ritmo é intenso, mas sempre vale a pena. Está sendo uma ótima experiência. O aprendizado será importante para evoluirmos ainda mais — comentou a ala carioca Raphaela Silva, de 15 anos.

— A intensidade dos treinos é grande e estou muito feliz por participar dessa etapa de treinamento com a seleção. Acho que tenho muito a evoluir e o trabalho aqui está me ajudando em vários aspectos, como habilidade, velocidade e arremesso — completou a armadora Gabriela Oliveira, de 16 anos.

Nesta quinta-feira (dia 26), às 21 horas de Brasília, a seleção faz um jogo-treino contra o time da Las Vegas Elitot High School.

Janeth Arcain, técnica da seleção sub-15, não viajou para os Estados Unidos porque está com a equipe adulta treinando para o Mundial. Janeth esteve em Las Vegas em abril, acompanhando a seleção sub-18 feminina.

Confira a equipe brasileira:
NOME – POSIÇÃO – IDADE – ALTURA – CLUBE – NATURAL
Daphner Porto – pivô – 14 anos – 1,85m – ADC Bradesco Esportes (SP) – SP
Martha Imoniana – pivô – 16 anos – 1,85m – Centro Olímpico (SP) – SP
Ingrid Vasconcelos – pivô – 16 anos – 1,85m - ADC Bradesco Esportes (SP) – PE
Rafaela Rached Pedro – pivô – 14 anos – 1,83m – Unimed/Americana (SP) – SP
Ana Flávia Conceição – pivô – 14 anos – 1,80m – ADC Bradesco Esportes (SP) – ES
Monique Pereira – pivô – 14 anos – 1,80m – Unimed/Americana (SP) – SP
Ana Carolina Borges – lateral – 16 anos – 1,78m – Centro Olímpico (SP) – SP
Raphaela Silva – ala – 15 anos – 1,78m – Mangueira (RJ) – RJ
Izabella Sangalli – ala – 15 anos – 1,78m – Unimed/Americana (SP) – SP
Vitória Leandro – pivô – 14 anos – 1,78m – ADC Bradesco Esportes (SP) – SP
Natalia Saar – lateral – 16 anos – 1,72m - Unimed/Americana (SP) – PR
Letícia Marcelino – armadora – 14 anos – 1,65m – ADC Bradesco Esportes (SP) – SP
Gabriela Oliveira – armadora – 16 anos – 1,65m – Centro Olímpico (SP) – SP
Carla Lucchini – armadora – 14 anos – 1,63m – Divino/COC/Jundiaí (SP) – SP

COMISSÃO TÉCNICA
Diretora: Hortência Marcari
Técnica: Janeth Arcain
Assistentes Técnicos: Cristiano Cedra, Júlio César Patrício e Elias Rudek
Preparador físico: Lucinei Carlos da Silva
Médico: Rafael Figueiredo
Fisioterapeuta: Aline Rosseto

PROGRAMAÇÃO
22 a 30 de agosto
Treinos na Impact Basketball - Las Vegas

1º de setembro
Chegada em Guarulhos (7h40)
AA 963 – vindo de Dallas

TIAGO SPLITTER DIZ QUE A VITÓTIA AUMENTA A CONFIAÇA PARA O MUNDIAL DA TURQUIA

Tiago Splitter, Brasil x França amistoso basquetePrincipal jogador do Brasil e cestinha da vitória por 79 a 66 contra a França, em Lyon, o ala-pivô Tiago Splitter comemorou o resultado. Para ele, o triunfo dá moral para a equipe para o Mundial da Turquia. A estréia brasileira será no sábado, às 15h30m (de Brasília), contra o Irã.

Autor de 19 pontos na partida – um a mais que Marcelinho Machado e três a mais que Leandrinho –, Splitter exaltou a reação brasileira no duelo desta terça. Os franceses terminaram o primeiro tempo vencendo por 44 a 39, mas o Brasil buscou a virada.

- Foi importante encerrar a fase de amistosos com vitória, pois aumenta a auto-estima do grupo, ainda mais contra uma seleção tão boa como a França. Não começamos bem, mas conseguimos reverter o resultado negativo do primeiro tempo, mostrando o poder de superação do time - disse o jogador, por meio da assessorai de imprensa.

DE VOLTA À ROTINA DE TREINOS


Rio de Janeiro — Após a conquista do título sul-americano, a seleção brasileira adulta feminina está focada no Campeonato Mundial da República Tcheca. As jogadoras tiveram alguns dias de folga e já voltaram à rotina de treinos no sábado (dia 21) à tarde, no ginásio José Corrêa (Av. Guilherme P. Guglielmo, nº1.000), em Barueri (SP).

 
— Os dias de folga foram muito importantes para relaxarmos um pouco. O corpo não sente muito o cansaço porque já está acostumado, mas é sempre bom ter um tempo para pensar em outras coisas. Pude levar meu filho na escola, matar a saudade e ficar bastante tempo com ele. Fomos num parque aquático em Olímpia (SP) e nos acabamos de brincar. Também joguei muito videogame. A disputa entre nós foi bem acirrada, mas no final ele acabou ganhando. Também aproveitei para cuidar de mim, fazer as unhas, o cabelo. Fiquei nova em folha, pronta para entrar no ritmo intenso de treinamento — disse a ala/pivô Sílvia Gustavo.

 
Além dos treinos, a equipe comandada por Carlos Colinas vai entrar em ação no Torneio Super Four Eletrobras, que será realizado entre os dias 2 e 4 de setembro, em Barueri. Os adversários do Brasil serão Argentina, Cuba e Polônia.

 
— O Sul-Americano foi a nossa primeira competição oficial com o Colinas no comando. Apesar do nível não ser muito alto, foi um bom teste para nós. Fizemos um bom jogo contra a Argentina, que complicou um pouco a nossa vida no início. Procuramos fazer o que o técnico nos pedia. A mudança de filosofia é gradativa e estamos nos adaptando bem ao estilo do Colinas. Não foi uma campanha perfeita, mas estamos numa crescente e vamos chegar lá. Agora estamos focadas no Mundial. Os treinos estão intensos, não tem relaxamento. É concentração o tempo todo. Vamos ter alguns amistosos antes de embarcamos para a Europa. Vai ser muito bom jogarmos aqui em Barueri. Mais uma vez estamos sendo muito bem tratadas e nada mais justo do que nos despedirmos do país com um torneio na cidade. Argentina e Cuba são adversários conhecidos e acho que a participação da Polônia será muito válida, já que elas têm um estilo de jogo bem diferente — comentou a ala/armadora Helen Luz.

 
A pivô Nádia Colhado, que sofreu uma entorse no tornozelo direito na final do Sul-Americano, está junto com o grupo e permanece em trabalho de fisioterapia.

 
— A jogadora vem apresentando melhora gradual, com diminuição do edema e da área do hematoma. Ela permanece em trabalho de fisioterapia, iniciando hidroterapia esta semana, tudo coordenado pela fisioterapeuta Milena Perroni. A Nádia também está fazendo trabalho físico para os membros superiores na academia, junto com a equipe — explicou o médico José Carlos Cordeiro, que acompanha a seleção feminina em Barueri.

 
Antes do Campeonato Mundial, a seleção brasileira viaja para a França, onde disputa um amistoso contra Mali e um torneio contra Argentina, França e Japão.

 
As atletas Érika de Souza e Iziane Marques se juntarão ao grupo após o final da participação do Atlanta Dream na temporada da WNBA. A equipe das brasileiras está classificada para as semifinais da Liga Americana, que serão realizadas a partir desta quarta-feira (dia 25).

 
IMPRENSA NOS TREINOS
A seleção brasileira adulta feminina estará disponível para entrevistas após os treinos da manhã (10h às 12h30) nas segundas, quartas e sextas. Os fotógrafos e cinegrafistas poderão fazer imagens nos quinze minutos finais do treino (12h15 às 12h30). As jogadoras também atenderão os jornalistas pelo telefone nas segundas, quartas e sextas, de 13h30 às 14h. Todas as entrevistas devem ser agendadas com a assessora de imprensa Fernanda Di Lorenzo, que acompanha a delegação, pelo telefone (21) 9996.3728.

 
JOGADORAS CONVOCADAS
NOME – POSIÇÃO – IDADE – ALTURA – CLUBE – NATURAL
Alessandra Oliveira – Pivô – 37 anos – 2,00m – Sepsi (Romênia) – São Paulo
Érika Souza – Pivô – 28 anos – 1,97m – Atlanta Dream (WNBA) – Rio de Janeiro
Nádia Colhado – Pivô – 21 anos – 1,93m – São Caetano (SP) – Paraná
Damiris Amaral – Pivô – 17 anos – 1,92m – Divino/COC/Jundiaí (SP) – São Paulo
Kelly Santos – Pivô – 30 anos – 1,92m – Besiktas (Turquia) – São Paulo
Franciele Nascimento – Pivô – 22 anos – 1,87m – Burgos (Espanha) – Paraná
Fernanda Beling – Ala – 27 anos – 1,86m – Ourinhos (SP) – Minas Gerais
Sílvia Gustavo – Ala – 28 anos – 1,83m – Catanduva (SP) – São Paulo
Iziane Marques – Ala – 28 anos – 1,82m – Atlanta Dream (WNBA) – Maranhão
Micaela Jacintho – Ala – 30 anos – 1,82m – Catanduva (SP) – Rio de Janeiro
Karen Gustavo– Ala – 26 anos – 1,77m – Americana (SP) – São Paulo
Helen Luz – Ala/Armadora – 37 anos – 1,76m – Americana (SP) – São Paulo
Tássia Carcavalli – Armadora – 18 anos – 1,75m – Americana (SP) – São Paulo
Palmira Marçal – Ala/Armadora – 26 anos – 1,73m – Catanduva (SP) – Paraná
Adrianinha Pinto – Armadora – 31 anos – 1,70m – Club Atletico Faenza (Itália) – São Paulo

 
COMISSÃO TÉCNICA
Diretora: Hortencia Marcari
Administradora: Andréia Cavalcanti Lopes
Técnico: Carlos Colinas
Assistentes Técnicos: Janeth Arcain e Luiz Cláudio Tarallo
Assistente de tecnologia: Isaac Fernandez
Preparador Físico: Clovis Haddad (Vita)
Fisiologista: Rafael Fachina
Médico: Paulo Szeles e José Carlos Cordeiro
Fisioterapeutas: Milena Perroni e Adriane Vanin
Massagista: Camila Longo
Ginecologista: Tathiana Parmigiano
Nutricionista: Mirtes Stancanelli
Psicóloga: Mariana Freitas

BRASIL FICA EM SEXTO LUGAR NO BASQUETE 33 EM CINGAPURA



Cingapura — O Brasil terminou a participação nos Jogos Olímpicos da Juventude de Cingapura entre as seis melhores equipes do mundo. Na disputa pelo quinto lugar, realizado na madrugada de segunda-feira (dia 23), a seleção brasileira foi superada pelo Japão por 32 a 29 na prorrogação (27 a 27 no tempo normal e 9 a 12 no primeiro tempo). A cestinha da partida foi Joice Coelho com 14 pontos.


A China conquistou a medalha de outro ao vencer a Austrália na final por 33 a 29. Com a vitória sobre o Canadá por 34 a 16, os Estados Unidos ficaram com o bronze.


—A colocação não foi a esperada, mas atitude e a importância de estar entre as seis melhores do mundo serviram para elevar a auto-estima das atletas. Tivemos nossas chances de vencer, não só esse como o jogo contra a Austrália, mas vimos que não estamos longe das melhores — avaliou o técnico Guilherme Vós.


A inclusão do Basquete 3x3 no programa esportivo dos Jogos Olímpicos da Juventude foi um dos pontos altos do evento. A modalidade recria o ambiente do basquete de rua, com música e um ambiente especial em torno do jogo.


— Acredito que as jogadoras levarão uma boa experiência deste novo estilo de jogo quando voltarem a atuar no basquete convencional de cinco atletas. A velocidade e a intensidade do ritmo de jogo são elementos que podem beneficiá-las no futuro. Além disso, foi uma experiência grande atuar contra os melhores do mundo. Espero que o basquete 3x3 possa continuar nos próximos Jogos Olímpicos — finalizou o treinador.


BRASIL (29)
Joice Coelho (14), Érika Leite (9), Isabela Macedo (4) e Stephanie de Oliveira (2). Técnico: Guilherme Vós.


JAPÂO (32)
Nagaoka (12), Imanaka (10), Kuma (6) e Itaya (4). Técnico: Mikiko Hagiwara.


No Basquete 3x3, os jogadores utilizam apenas a metade da quadra do jogo convencional. São três atletas em quadra e um no banco para substituição. O jogo é dividido em dois períodos de cinco minutos. O time vencedor será o que somar 33 pontos, independente do tempo, ou aquele que tiver o maior placar ao término da partida.
CLASSIFICAÇÃO FINAL

1º- China
2º- Austrália
3º- Estados Unidos
4º- Canadá
5º- Japão
6º- Brasil
7º- Coréia
8º- Alemanha
9º- Itália
10º- França
11º- Rússia
12º- Bielorrússia
13º- República Tcheca
14º- Mali
15º- Costa do Marfim
16º- Angola
17º- Tailândia
18º- Cingapura
19º- Chile
20º- Vanuatu

sábado, 21 de agosto de 2010

SELEÇÃO FEMININA VOLTA AOS TREINOS NO SÁBADO


Rio de Janeiro As jogadoras e a comissão técnica da seleção brasileira adulta feminina, patrocinada pela Eletrobras, chegam em Barueri (SP) neste sábado (dia 21), às 13 horas, para o início dos treinamentos rumo ao Campeonato Mundial da República Tcheca. O primeiro treino será às 18 horas, no ginásio José Corrêa (Av. Guilherme P. Guglielmo, nº1.000). Durante a fase de preparação no país, o Brasil vai enfrentar as seleções da Argentina, Cuba e Polônia no Torneio Super Four Eletrobras, que será realizado entre os dias 2 e 4 de setembro, em Barueri.

 
A pivô Franciele Nascimento se machucou durante os treinos preparatórios para o Campeonato Sul-Americano, em julho. Agora, totalmente recuperada, Franciele volta a treinar com a equipe e vive a expectativa de participar do primeiro mundial adulto.

 
— É claro que eu queria participar do Campeonato Sul-Americano, mas sabia que precisava me focar no tratamento para me recuperar o mais rápido possível. Fiquei no Brasil fazendo fisioterapia e, depois que a equipe médica me liberou, comecei o treinamento físico. Estou bastante ansiosa para voltar a treinar com o grupo. Meu objetivo agora é garantir meu espaço na equipe que vai disputar o Mundial — comentou Franciele.

 
Antes do Campeonato Mundial, a seleção brasileira viaja para a França, onde disputa um amistoso contra Mali e um torneio contra Argentina, França e Japão.

 
As atletas Érika de Souza e Iziane Marques se juntarão ao grupo após o final da participação do Atlanta Dream na temporada da WNBA.

 
Confira a lista das convocadas:
NOME – POSIÇÃO – IDADE – ALTURA – CLUBE – NATURAL
Alessandra Oliveira – Pivô – 37 anos – 2,00m – Sepsi (Romênia) – São Paulo
Érika Souza – Pivô – 28 anos – 1,97m – Atlanta Dream (WNBA) – Rio de Janeiro
Nádia Colhado – Pivô – 21 anos – 1,93m – São Caetano (SP) – Paraná
Damiris Amaral – Pivô – 17 anos – 1,92m – Divino/COC/Jundiaí (SP) – São Paulo
Kelly Santos – Pivô – 30 anos – 1,92m – Besiktas (Turquia) – São Paulo
Franciele Nascimento – Pivô – 22 anos – 1,87m – Burgos (Espanha) – Paraná
Fernanda Beling – Ala – 27 anos – 1,86m – Ourinhos (SP) – Minas Gerais
Sílvia Gustavo – Ala – 28 anos – 1,83m – Catanduva (SP) – São Paulo
Iziane Marques – Ala – 28 anos – 1,82m – Atlanta Dream (WNBA) – Maranhão
Micaela Jacintho – Ala – 30 anos – 1,82m – Catanduva (SP) – Rio de Janeiro
Karen Gustavo– Ala – 26 anos – 1,77m – Americana (SP) – São Paulo
Helen Luz – Ala/Armadora – 37 anos – 1,76m – Americana (SP) – São Paulo
Tássia Carcavalli – Armadora – 18 anos – 1,75m – Americana (SP) – São Paulo
Palmira Marçal – Ala/Armadora – 26 anos – 1,73m – Catanduva (SP) – Paraná
Adrianinha Pinto – Armadora – 31 anos – 1,70m – Club Atletico Faenza (Itália) – São Paulo

OSCAR SCHMIDT NO HALL DA FAMA DA FIBA


Genebra / Suiça – O cestinha Oscar Schmidt foi eleito para o Hall da Fama da Federação Internacional de Basketball (FIBA). O anúncio foi feito nesta sexta feira (dia 20) pela entidade. Oscar se junta a Amaury Pasos, Hortência Marcari e Togo Renan Soares, o “Kanela”, na lista dos imortais do basquete mundial. A cerimônia de premiação da Classe de 2010 será no dia 12 de setembro, no hotel Swissôtel, em Istambul e haverá uma homenagem na final do Campeonato Mundial, no mesmo dia.

 
Desde sua primeira seleção brasileira adulta, em 1977, até a despedida na Olimpíada de Atlanta, em 1996, Oscar disputou 326 partidas oficiais e marcou 7.693 pontos com a camisa do Brasil. O “Mão Santa”, como ficou conhecido mundialmente, esteve presente em importantes conquistas do basquete brasileiro entre elas a medalha de bronze no Campeonato Mundial das Filipinas (1978), a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Indianápolis (1987) e três títulos Sul-Americanos (1977, 1983 e 1985).

Em Atlanta, Oscar alcançou a incrível marca de 1.093 pontos em cinco edições dos Jogos Olímpicos. Este recorde rendeu ao atleta o reconhecimento do Comitê Olímpico Internacional (COI), que, prestando uma justa homenagem, premiou o jogador com a “Ordem Olímpica”. Oscar deixou as quadras em 2003, quando atuava pelo Flamengo (RJ).

— Estou muito feliz. Ser homenageado pela entidade máxima do meu esporte é maravilhoso. Conheci todos os premiados e é uma honra estar entre tantos atletas importantes do basquete mundial — disse Oscar.


Veja a ficha de Oscar Schimidt: Perfil Oscar


Confira a lista completa da classe de 2010 do Hall da Fama da FIBA
Jogadores:
Arvydas Sabonis (Lituânia)
Cheryl Miller (Estados Unidos)
DitoMeneghin (Itália)
Dragan Kicanovic (Sérvia)
Natalia Zassoulskaya (RUS)
Oscar Schmidt (Brasil)
Vlade Divac (Servia)


Técnicos:
Lindsay Gaze (Austrália)
Evgeny Gomelsky (Rússia)
Mirko Novosel (Croácia)


Arbitros:
Jim Bain (Estsados Unidos)
Konstantinos Dimou (Grécia)


Contribuidores
George Killian (Estados Unidos)
Hans-Joachim Otto (Alemanha)
Ernesto Segura de Luna (Espanha) – in memorian
Abdoulaye Seye Moreau (Senegal)
Al Ramsay (Austrália)*


* Al Ramsay foi eleito para a Classe de 2009, mas será premiado oficialmente este ano.


Sobre o Hall da Fama FIBA
O Hall da Fama da FIBA, localizado em Alcobendas (Madri/Espanha), foi inaugurando no dia 1º de março de 2007 para preservar a memória do basquete internacional. Na ocasião, a FIBA decidiu prestar uma homenagem póstuma e relacionou 19 pessoas que contribuíram para o esporte para estrear o memorial. Dentre os nomes escolhidos estão os brasileiros Renato Righetto (árbitro), Antonio dos Reis Carneiro e José Cláudio dos Reis (contribuidores). Em setembro de 2007, foi eleita a primeira classe do Hall da Fama. Mais informações no site www. halloffame.fiba.com/

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

RUBENS MAGNANO DEFINE OS 12 PARA O MUNDIAL DA TURQUIA

Rubén Magnano

Nova Iorque / EUA — O técnico Rubén Magnano definiu a equipe que vai disputar o Campeonato Mundial da Turquia, de 28 de agosto a 12 de setembro. O pivô Hátila Passos volta para o Brasil, enquanto o time brasileiro deixa Nova Iorque rumo à Espanha, onde disputa um Torneio Internacional. O anúncio foi feito logo após o jogo-exibição vencido por Porto Rico (77 a 55), no Rucker Park, no Harlem.


A seleção brasileira adulta masculina, patrocinada pela Eletrobras, embarca para a Espanha nesta sexta-feira (dia 13), às 23h10 de Brasília (22h10 horário local) do Aeroporto de Newark (Continental Airlines - voo 144). O grupo chega a Madri no sábado (14), de onde viaja para a cidade de Longroño para disputar o Torneio Internacional contra Argentina (16) e Espanha (17).


SELEÇÃO BRASILEIRA ADULTA MASCULINA
NOME – POSIÇÃO – IDADE – ALTURA – CLUBE – NATURAL
Anderson Varejão – Ala/Pivô – 27 anos – 2,11m – Cleveland Cavaliers (NBA) – ES
Maybyner Hilário “Nenê” – Pivô – 27 anos – 2,11m Denver Nuggets (NBA) – SP
Murilo Becker – Pivô – 26 anos – 2,11m – São José (SP) – RS
Tiago Splitter – Pivô – 25 anos – 2,11m – San Antonio Spurs (NBA) – SC
Marcus Vieira “Marquinhos” – Ala – 25 anos – 2,07m – Pinheiros (SP) – RJ
Guilherme Giovannoni – Ala – 29 anos – 2,04m – Uniceub (DF) – SP
Marcelo Machado – Ala – 34 anos – 2,00m – Flamengo (RJ) – RJ
Leandro Barbosa – Ala – 27 anos – 1,92m - Toronto Raptors (NBA) – SP
Alex Garcia – Ala/Armador – 30 anos – 1,91m – Uniceub (DF) – SP
Marcelo Huertas – Armador – 26 anos – 1,91m – Caja Laboral (ESP) – SP
Welington Santos "Nezinho" – Armador – 29 anos – 1,85m – Uniceub (DF) – SP
Raul Togni Neto – Armador – 18 anos – 1,80m – Minas Tênis (MG) – SP


COMISSÃO TÉCNICA
Diretor: Vanderlei Mazzuchini
Técnico: Rubén Magnano
Assistentes Técnicos: José Alves Neto e Fernando Duró
Preparador Físico: Diego Jeleilate
Médico: Carlos Vicente Andreoli
Fisioterapeutas: Felipe Tadielo e Gabriel Peixoto
Massagistas: Claudio Maradei e Marco Antonio de Andrade

BRASIL CONQUISTA O SUL-AMERICANO AO DERROTAR A ARGENTINA NA FINAL

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NA FOTO O PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO MATOGROSSENSE DE BASQUETE (SR. BARRETO)


O Brasil conquistou mais um título com a vitória sobre a Argentina por 94 a 68 (40 a 42 no primeiro tempo) no 32º Campeonato Sul-Americano Adulto Feminino, realizado em Santiago, no Chile. A cestinha da partida foi a argentina Paula Reggiardo, com 19 pontos. As principais pontuadoras do time brasileiro foram Silvia Gustavo e Kelly Santos, com 14 e 13 pontos, respectivamente.

— Estou muito contente com o título. Foi uma partida dura, com a Argentina jogando com muita raça, principalmente no primeiro tempo. Conversamos no intervalo e ajustamos a defesa. A nossa equipe teve paciência para buscar o resultado depois de estar dez pontos atrás. Acreditar na vitória o tempo todo foi fundamental para vencer — comentou Carlos Colinas.
— A Argentina fez uma defesa forte e inteligente no primeiro tempo, anulando nossas armadoras, e abriram vantagem no placar. Conseguimos encaixar o jogo no terceiro quarto, encostamos e passamos a frente, abrindo uma boa diferença. A equipe está de parabéns pelo título — disse Sílvia Gustavo.
A pivô Nádia Colhado sofreu uma queda no último quarto.
— Após uma queda, a Nádia apresentou uma entorse no tornozelo esquerdo. A atleta será melhor avaliada com exames de imagem para descartarmos lesões associadas. Somente com os resultados poderemos prever o tempo de recuperação da atleta — explicou o médico José Carlos Cordeiro, que acompanha a delegação brasileira.
A Colômbia venceu o Paraguai por 85 a 70 e ficou com a medalha de bronze na competição. Brasileiras, argentinas e colombianas garantiram as vagas para o Torneio Pré-Olímpico das Américas e para os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara em 2011.
A seleção brasileira adulta feminina, patrocinada pela Eletrobras, retorna ao Brasil neste domingo (dia 15). As campeãs sul-americanas desembarcam no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, às 12h05 (Lan Chile – voo 750). A equipe se reapresenta no próximo sábado (dia 21), às 13 horas, em Barueri (SP).

BRASIL VENCE REPÚBLICA TCHECA NA ESTREIA DOS JOGOS DA JUVENTUDE

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MARIANA BASTOS
ENVIADA ESPECIAL A CINGAPURA

Os Jogos de Cingapura podem iniciar uma nova era no basquete, ajudando a massificá-lo sob um novo formato.

Na Olimpíada teen, a modalidade terá modelo similar ao do basquete de rua, conhecido como 33. São três atletas de cada lado, jogando apenas na metade de uma quadra, e com uma pontuação que tem como limite justamente os 33 pontos.

Se fizer sucesso em Cingapura, a Fiba (Federação Internacional de Basquete) estuda tentar sua inclusão no programa dos Jogos de 2020 ou 2024. E o COI (Comitê Olímpico Internacional) não se opõe à inclusão da modalidade, a mais badalada da Olimpíada para jovens.

"Os Jogos da Juventude são uma ótima oportunidade para as federações internacionais apresentarem novos eventos para o palco olímpico", afirmou Jacques Rogge, presidente do COI.

O treinador da equipe brasileira feminina de 33 em Cingapura, Guilherme Vos, crê no potencial da modalidade até mesmo para reerguer o combalido basquete nacional, que já esteve em segundo lugar na preferência nacional dos torcedores.
"Nesse formato, o esporte passa a ser mais inclusivo porque o atleta não vai precisar de um clube para poder jogar. Até torço para que o 33 ganhe um campeonato no Brasil", declarou o técnico.

"E ajuda a massificar o esporte, porque é mais simples de praticar. O 33 pode ser para o basquete o que o vôlei de praia foi para o vôlei", disse.
A Fiba também pensa assim. Tanto é que a federação conversará com dirigentes do vôlei para entender como a versão de praia foi desenvolvida após sua estreia olímpica, em Atlanta-1996.

Em Cingapura, a modalidade, porém, tem encontrado resistência por parte de quem está acostumado com a versão mais tradicional.

Esse é o caso do time brasileiro, representado por Érika Leite, Isabela Macedo, Joice Coelho e Stephanie de Oliveira. Uma delas será reserva.

Guilherme Vos reconhece a dificuldade das brasileiras, acostumadas a jogar com cinco atletas em cada time. "Elas sofreram muito porque no basquete indoor há mais atletas para ajudar a marcar e, no 33, a lógica do jogo muda. Fica mais dinâmico. Se você perde a bola, seu rival já parte para a bandeja."

Berço do basquete de rua, os EUA aproveitaram o talento das jogadoras já formadas nas quadras descobertas para levá-las para Cingapura.

"Basquete de rua é tudo o que eu mais gosto de jogar quando volto para casa, então não me surpreendi quando fui convocada", disse a americana Briyona Canty, 17.