sábado, 5 de dezembro de 2009

BRASIL É CAMPEÃO INVICTO DO SUL-AMERICANO COM JANETH ARCAIN

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Portoviejo / Equador – Estreia é sempre nervosa, cercada de muita expectativa. Mesmo com os 22 anos de experiência como atleta da seleção brasileira e os meses como assistente técnica do time principal, foi a primeira vez que Janeth Arcain dirigiu uma equipe nacional. A pressão era grande, afinal Janeth tem no currículo um título mundial, duas medalhas olímpicas, três medalhas pan-americanas, cinco títulos sul-americanos e quatro anéis da WNBA. Após duas fases de treinamento no Brasil e seis jogos no Equador, as doze atletas fizeram jus ao histórico da técnica e conquistaram o título invicto do 16º Campeonato Sul-Americano Sub-15.

— Fiquei muito feliz com essa conquista. Estou revivendo a idade delas e toda a emoção de defender o Brasil pela primeira vez, os primeiros jogos, as vitórias. A gente acaba se projetando nelas. Mais do que uma realização do grupo, o título representa uma coisa diferente para cada um. E, para mim, é a recompensa de um trabalho que fizemos durante o ano inteiro e da coragem que as meninas tiveram para enfrentar todos os adversários, acreditando na capacidade individual e do grupo — comentou.

O Brasil começou a caminhada com a vitória sobre a Venezuela por 81 a 69. Depois, foi a vez da Colômbia ser superada por 57 a 54. Contra o Chile, as brasileiras não tomaram conhecimento do adversário de fecharam o jogo com o placar de 65 a 38. O Paraguai também não foi páreo para o time comandado por Janeth, sendo derrotado por 73 a 58. Mesmo com o ginásio lotado e a torcida contra, a seleção não se abateu e ganhou das donas da casa por 76 a 41. Na partida tradicionalmente dominada pela rivalidade entre Brasil e Argentina, o título veio após uma emocionante vitória de virada por dois pontos de diferença: 56 a 54.

— O título foi conquistado pouco a pouco. Nos concentramos em um adversário de cada vez e nos preparamos para cada um deles. Comemoramos as vitórias sempre mantendo o pé no chão, não nos deixando levar pela euforia. As jogadoras tiveram maturidade para superar os momentos difíceis em algumas partidas, mantiveram a concentração. Na final, se abateram com a lesão da Thamara no terceiro quarto, que foi um dos principais nomes dessa equipe, mas não desistiram quando ficaram atrás no placar. Tiveram determinação e obediência técnica para correr atrás e vencer. Coragem é a palavra que descreve muito bem esse grupo e é assim que as vejo, como atletas corajosas — finalizou.

A pivô Thamara de Freitas foi a reboteira da competição com média de 7.0 (42 no total), a segunda cestinha com 19.0 (114) e a segunda nos bloqueios com 1.0 (6). Ana Carolina Borges foi a sexta em assistências com 5.3 (32) e Izabella Sangalli foi a sétima cestinha com 13.0 (78).

SUL-AMERICANO SUB-15 FEMININO
Local: Portoviejo (Equador)
Data: 23 a 29 de novembro

— 1ª Rodada – Segunda-feira (dia 23)
Chile 77 x 69 Paraguai, Argentina 70 x 60 Venezuela e Equador 79 x 71 Colômbia. Folga: Brasil

— 2ª Rodada – Terça-feira (dia 24)
Colômbia 48 x 61 Argentina, Venezuela 69 x 81 Brasil e Equador 76 x 68 Chile. Folga: Paraguai

— 3ª Rodada – Quarta-feira (dia 25)
Brasil 57 x 54 Colômbia, Chile 49 x 62 Argentina e Equador 61 x 35 Paraguai. Folga: Venezuela

— 4ª Rodada – Quinta-feira (dia 26)
Colômbia 53 x 65 Venezuela, Brasil 65 x 38 Chile e Paraguai x Argentina (23h). Folga: Equador

— 5ª Rodada – Sexta-feira (dia 27)
Venezuela 74 x 56 Chile, Brasil 73 x 58 Paraguai e Equador 51 x 55 Argentina. Folga: Colômbia

— 6ª Rodada – Sábado (dia 28)
Chile 50 x 44 Colômbia, Paraguai 45 x 71 Venezuela e Equador 41 x 76 Brasil. Folga: Argentina

— 7ª Rodada – Domingo (dia 29)
Colômbia 66 x 53 Paraguai, Equador 53 x 66 Venezuela e Brasil 56 x 54 Argentina. Folga: Chile.

CLASSIFICAÇÃO FINAL
1º- Brasil – doze pontos (seis vitórias)
2º- Argentina – onze pontos (cinco vitórias e uma derrota)
3º- Venezuela – dez pontos (quatro vitórias e duas derrotas)
4º- Equador – nove pontos (três vitórias e três derrotas)
5º- Chile – oito pontos (duas vitórias e quatro derrotas)
6º- Colômbia – sete pontos (uma vitória e cinco derrotas)
7º- Paraguai – seis pontos (seis derrotas)

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