Portoviejo / Equador – Estreia é sempre nervosa, cercada de muita expectativa. Mesmo com os 22 anos de experiência como atleta da seleção brasileira e os meses como assistente técnica do time principal, foi a primeira vez que Janeth Arcain dirigiu uma equipe nacional. A pressão era grande, afinal Janeth tem no currículo um título mundial, duas medalhas olímpicas, três medalhas pan-americanas, cinco títulos sul-americanos e quatro anéis da WNBA. Após duas fases de treinamento no Brasil e seis jogos no Equador, as doze atletas fizeram jus ao histórico da técnica e conquistaram o título invicto do 16º Campeonato Sul-Americano Sub-15.
— Fiquei muito feliz com essa conquista. Estou revivendo a idade delas e toda a emoção de defender o Brasil pela primeira vez, os primeiros jogos, as vitórias. A gente acaba se projetando nelas. Mais do que uma realização do grupo, o título representa uma coisa diferente para cada um. E, para mim, é a recompensa de um trabalho que fizemos durante o ano inteiro e da coragem que as meninas tiveram para enfrentar todos os adversários, acreditando na capacidade individual e do grupo — comentou.
O Brasil começou a caminhada com a vitória sobre a Venezuela por 81 a 69. Depois, foi a vez da Colômbia ser superada por 57 a 54. Contra o Chile, as brasileiras não tomaram conhecimento do adversário de fecharam o jogo com o placar de 65 a 38. O Paraguai também não foi páreo para o time comandado por Janeth, sendo derrotado por 73 a 58. Mesmo com o ginásio lotado e a torcida contra, a seleção não se abateu e ganhou das donas da casa por 76 a 41. Na partida tradicionalmente dominada pela rivalidade entre Brasil e Argentina, o título veio após uma emocionante vitória de virada por dois pontos de diferença: 56 a 54.
— O título foi conquistado pouco a pouco. Nos concentramos em um adversário de cada vez e nos preparamos para cada um deles. Comemoramos as vitórias sempre mantendo o pé no chão, não nos deixando levar pela euforia. As jogadoras tiveram maturidade para superar os momentos difíceis em algumas partidas, mantiveram a concentração. Na final, se abateram com a lesão da Thamara no terceiro quarto, que foi um dos principais nomes dessa equipe, mas não desistiram quando ficaram atrás no placar. Tiveram determinação e obediência técnica para correr atrás e vencer. Coragem é a palavra que descreve muito bem esse grupo e é assim que as vejo, como atletas corajosas — finalizou.
A pivô Thamara de Freitas foi a reboteira da competição com média de 7.0 (42 no total), a segunda cestinha com 19.0 (114) e a segunda nos bloqueios com 1.0 (6). Ana Carolina Borges foi a sexta em assistências com 5.3 (32) e Izabella Sangalli foi a sétima cestinha com 13.0 (78).
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