San Juan / Porto Rico — A seleção brasileira adulta masculina, patrocinada pela Eletrobrás, estreia quarta-feira (17h de Brasília) contra a República Dominicana na Copa América / Pré-Mundial de Porto Rico. Dos 12 atletas convocados pelo técnico Moncho Monsalve, cinco vão disputar o torneio pela primeira vez: o armador Duda Machado; os escoltas Diego Pinheiro e Jonathan Tavernari; o ala/pivô Olivinha e o pivô João Paulo Batista. O quinteto não esconde a emoção de vestir a camisa verde e amarela e só pensa em ajudar o Brasil a conquistar uma das quatro vagas para o Campeonato Mundial da Turquia, em 2010.
O caçula do grupo é o paulista Jonathan Tavernari. Aos 22 anos, o jogador que atua na BYU Utah (Estados Unidos) estreou na seleção brasileira no Campeonato Sul-Americano Cadete da Bolívia, em 2003. No ano passado, Tavernari disputou sua primeira competição adulta pelo Brasil no Torneio Pré-Olímpico Mundial da Grécia.
— É um aprendizado para toda a minha vida jogar com os melhores atletas brasileiros. Vim para aprender e absorver os ensinamentos, especialmente com os jogadores que atuam na minha posição (Alex Garcia, Leandrinho e Marcelinho Machado). Vou fazer de tudo para, no futuro, jogar no mínimo como eles, já que servem de inspiração para mim. Jogar na seleção brasileira é sempre um orgulho e estarei sempre pronto para atender a convocação.
O pernambucano João Paulo Batista faz sua terceira temporada na equipe principal. Em 2007, JP foi medalha de ouro mos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro e, em 2008, esteve no Pré-Olímpico da Grécia. Com seu jeito quieto e tímido fora da quadra, o pivô de 27 anos se transforma quando está atuando.
— Não importa o tempo que estarei na quadra, se um, dois ou 30 minutos. Sempre que estiver lá vou dar o meu máximo para ajudar o Brasil a conquistar a vitória. Esse ano, tenho como companheiros de garrafão o Anderson e o Splitter, que são dois excelentes jogadores e estou sempre aprendendo com eles. Na verdade temos um grupo unido dentro e fora da quadra. Em Porto Rico iniciamos a caminhada para buscar uma vaga na Olimpíada de Londres, em 2012. Com certeza, é uma honra está aqui e uma satisfação enorme defender a seleção brasileira.
Os cariocas Duda Machado e Alexandre “Olivinha”, ambos com 26 anos, trazem da amizade de infância e do início da carreira no Fluminense, uma motivação a mais para jogarem juntos na seleção. Enquanto Duda defende a equipe adulta pela terceira vez, Olivinha faz estreia no time adulto
— É uma alegria muito grande está aqui e defender o Brasil na Copa América. Além disso, estou no meio da nata do basquete brasileiro e quero colaborar no que for preciso. Também quero mostrar que posso ser útil e ser lembrado novamente em outras convocações. Como sou um dos novatos do grupo, acabo sendo um alvo fácil das brincadeiras. Levo tudo na esportiva porque são brincadeiras que ajudam a unir ainda mais o grupo.
— A responsabilidade de defender o país é sempre muito grande, mas conto com o apoio dos meus companheiros para superar mais esse desafio. Precisamos de resultados positivos para o basquete brasileiro e vamos fazer de tudo para conseguir a vaga para o Mundial e o título da Copa América. O grupo é muito unido e somos todos amigos. Estou me dedicando ao máximo e quero muito voltar a jogar pelo Brasil nos próximos anos.
Aos 29 anos, o goiano Diego Pinheiro vive um dos melhores momentos da sua carreira. O escolta que foi um dos destaques do Universo/Brasília no Campeonato Nacional, se transferiu para o Pinheiros e com a mudança um presente: a convocação para a seleção brasileira.
— Confesso que fiquei surpreso com a convocação para a Copa América. Mas desde que comecei a treinar tenho procurado ajudar ao máximo o grupo e fazer as coisas de acordo com o técnico Moncho Monsalve. Na seleção ou no clube você tem que está sempre pronto para entrar e resolver porque a responsabilidade é grande. Tenho que ressaltar a união que existe no grupo e esse sentimento acaba refletindo de forma positiva no nosso desempenho na quadra.
De acordo com o regulamento da Copa América, na primeira fase as dez seleções jogam entre si nos seus respectivos grupos. A última colocada de cada grupo é eliminada da competição. Já as quatro primeiras avançam para a segunda fase quando as equipes de “A” enfrentam as de “B”. Os quatro mais bem classificados, na soma de pontos das duas fases, disputam a fase semifinal no seguinte cruzamento: 1º x 4º e 2º x 3º. Os ganhadores decidem o título no dia 6 de setembro, enquanto os perdedores disputam a medalha de bronze.
SELEÇÃO BRASILEIRA
NOME – POSIÇÃO – IDADE – ALTURA – CLUBE – NATURAL
4. Marcelinho Machado – Ala – 34 anos – 2,00m – Flamengo (RJ) – RJ
5. Eduardo Machado (Duda) – Armador – 26 anos – 1,91m – Flamengo (RJ) – RJ
6. Diego Pinheiro – Escolta – 29 anos – 1,95m – Pinheiros (SP) – GO
7. Alexandre “Olivinha” – Ala/Pivô – 26 anos – 2,02m – Pinheiros (SP) – RJ
8. Alex Garcia – Escolta – 29 anos – 1,91m – Universo/BRB (DF) – SP
9. Marcelo Huertas – Armador – 1,91m – 26 anos – Caja Laboral Baskonia (Espanha) – SP
10. Leandrinho Barbosa – Escolta – 26 anos – 1,92m – Phoenix Suns (NBA) – SP
11. Anderson Varejão – Ala/Pivô – 26 anos – 2,11m – Cleveland Cavaliers (NBA) – ES
12. Guilherme Giovannoni – Ala – 29 anos – 2,04m – Virtus Bologna (Itália) – SP
13. João Paulo Batista – Pivô – 27 anos – 2,06m – Le Mans (França) – PE
14. Jonathan Tavernari – Escolta – 22 anos – 1,96m – BYU Utah (Estados Unidos) – SP
15. Tiago Splitter – Pivô – 24 anos – 2,11m – Caja Laboral Baskonia (Espanha) – SC
Média de idade: 25 anos
Média de altura: 2,00m
COMISSÃO TÉCNICA
Diretor: Vanderlei Mazzuchini Júnior
Administrador: Fernando Larralde
Técnico: Moncho Monsalve
Assistentes Técnicos: José Alves Neto
Preparador Físico: Diego Jeleilate
Médicos: Dr. Carlos Vicente Andreolli
Fisioterapeutas: Felipe Tadiello e Gabriel Peixoto
Mordomos: Antonio Cláudio Maradei e Marco Antonio Andrade
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