A seleção brasileira feminina de basquete realizou nesta terça-feira o último treino no país antes do embarque para a França, onde fará a fase final de preparação para o Mundial da República Tcheca, em outubro. Sem o técnico espanhol Carlos Colinas, que foi ao seu país para resolver assuntos particulares e irá encontrar a delegação já na Europa, a equipe mostrou animação e confiança durante o treinamento em um ginásio de Barueri, na Grande São Paulo.

Comandadas por Janeth, as meninas da seleção tentam acertar os últimos detalhes antes do Mundial. No fim de semana passado, a equipe ficou com o vice-campeonato no Torneio Internacional Feminino de Basquete, também em Barueri. Com uma vitória sobre a Polônia e uma derrota para Cuba, o time foi inconstante na competição. O grupo garante, no entanto, que nada abala a confiança para o campeonato na República Tcheca.
- Eu vejo a seleção com 75% de tudo o que queremos apresentar no Mundial. Não só na estreia, mas em toda a competição. Eu vejo a equipe muito unida, centrada. Mesmo não tendo conseguido um resultado positivo no último campeonato, elas não abaixaram a cabeça depois da derrota para Cuba e tiveram motivação para enfrentar a Polônia. Elas estão com muito foco no objetivo de conseguir um bom resultado no Mundial – afirmou Janeth, que trabalha como assistente técnica de Colinas.
Antes do Mundial, a seleção ainda fará um amistoso contra Mali e disputará mais um torneio internacional, contra Argentina, França e Japão, em Rennes. Uma das jogadoras mais experientes da seleção, ao lado de Alessandra, a ala-armadora Helen Luz acredita que a equipe conseguirá corrigir os erros apresentados nos últimos jogos nas próximas partidas.

- Ainda temos alguns amistosos pela frente e que serão importantes. Treinar é uma coisa, jogar é outra completamente diferente. Lá dentro da quadra, as coisas mudam bastante. Claro que a gente gosta de vencer. Não fomos bem contra Cuba e tivemos um jogo difícil contra a Polônia. Pelo menos serviu para virmos como estamos. Temos tempo para acertamos as falhas que cometemos, coisas que não valorizamos no treino e que ficam evidentes nas partidas. Faltam alguns ajustes.
Recuperada da lesão no joelho direito que a tirou da conquista do Campeonato Sul-Americano, no mês passado, a pivô Franciele diz que a equipe vem crescendo de produção. Prestes a disputar seu primeiro Mundial, a jogadora assume um certo nervosismo, mas espera um bom rendimento do Brasil na República Tcheca.
- Desde que eu fiquei fora, a equipe deu um salto. O parâmetro que eu tinha era outro. Quando voltei, vi um parâmetro muito melhor. Tanto que eu demorei a ficar no ritmo das outras jogadoras. Esses últimos jogos eu vou encarar como oficiais. Eu nunca enfrentei algumas dessas equipes na categoria adulta, então é importante. Temos que encarar cada adversário como favoritos.
O grupo que viaja para a França nesta terça não está completo. Além do desfalque da pivô Nádia, que se machucou durante o Sul-Americano e não conseguiu se recuperar a tempo, a seleção ainda espera por Iziane e Érika, que disputam a fase final da WNBA. Elas só vão se juntar às outras meninas após o último jogo de sua equipe, o Atlanta Dream, que vai vencendo a decisão da Conferência Leste, contra o New York Liberty.
O Mundial começa no dia 23 de outubro. A seleção estreia contra a Coreia do Sul, no mesmo dia. Também pelo grupo C, o Brasil encara Mali e Espanha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário