Mike Krzyzewski cumpriu a missão. Pegou um time jovem, sem os campeões olímpicos que tinha comandado dois anos antes e, ainda assim, conseguiu levá-lo ao alto do pódio no Mundial da Turquia. Neste domingo, depois da conquista que demorou 16 anos para voltar a acontecer, disse que é apenas um cara de sorte. Mas teve méritos em colocar na cabeça dos seus jogadores que era preciso resgatar o respeito do basquete americano na história do campeonato. Ainda assim, ele pensa duas vezes antes de colocar na sua seleção o rótulo de dominante.
- Não tenho a certeza que somos dominantes. Você viu o jogo contra o Brasil? Hoje foi difícil também, só que jogamos melhor que os turcos, não dominamos.
Técnico da Universidade de Duke, ele está acostumado com a competição ferrenha. A diferença é que, na Turquia sofreu com os desfalques e teve de trabalhar muito bem a cabeça dos atletas.
- Este Mundial foi muito mental, porque tínhamos um time muito jovem. Foi algo muito especial. Nós perdemos muitos jogadores durante a preparação. Mas nosso objetivo é sempre ganhar o ouro e o respeito do mundo. Esta é a seleção americana que dirigi que praticou a melhor defesa entre todas as outras. Eles sabiam que precisavam defender com energia se quisessem vencer. Já o time dos Jogos de Pequim sabia que podia marcar mais pontos do que qualquer outro. Eu sou um cara muito sortudo por ter grandes jogadores - disse Coach K, como é chamado.
Entre eles, destacou Kevin Durant, Lamar Odom, Andre Iguodala e Russell Westbrook. Lembrou que agora haverá um bom problema para a escolha dos 12 que vão defender o título olímpico em Londres-2012.
- Hoje Lamar foi um monstro. Iguodala e Russell fizeram bons jogos. Eles estão ganhando respeito. Kevin treinou e sai daqui num patamar elevado. Ele é um cara especial, um jogador especial que eu amo treinar. Alguns dos atletas que fizeram parte desse time talvez estejam nas próximas Olimpíadas.
Um dos elogiados pelo treinador, Iguodala não escondia o orgulho por estar com aquela medalha no peito. E não se furtava a falar sobre aquele que contribuiu, e muito, para que todos chegassem até ali: Kevin Durant.
- Quando os Estados Unidos conquistaram o último título mundial, em 1994, eu tinha 10 anos. Hoje eu estou feliz porque o ouro está de volta. Acho que o Durant se colocou um nível acima nesse torneio - afirmou.
Para Lamar Odom, além do ala de 21 anos, eleito o MVP da competição, quem também cresceu foi a equipe. E, claro, a sua coleção de títulos também.
- Eu me sinto abençoado por ter conseguido ganhar a temporada da NBA e esse Mundial logo em seguida.
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