Após arrancar sua primeira vitória em três jogos na Copa América, o México mergulhou na crise. Um dos astros do time, o ala-armador Romel Beck, foi cortado neste sábado pelo técnico Arturo Guerrero, insatisfeito com as atitudes individualistas de seu comandado. Considerado um dos maiores nomes da história do basquete mexicano, Guerrero já atuou no Brasil e foi campeão mundial de clubes em 1973 pelo Sírio. Apelidado de “Mão Santa”, assim como o amigo Oscar Schmidt, o técnico não mediu as palavras para falar sobre Beck.
- Quem é ele? É um cretino, um mascarado. O México é muito maior que ele. Eu gosto da atitude de um Leandrinho, de um Varejão, ou dos ex-jogadores brasileiros como Amaury, Wlamir, Rosa Branca, Ubiratan. Romel não é nada – afirmou Guerrero.
O técnico pediu ao presidente da Federação mexicana que afaste o jogador ainda neste sábado. Se ele quiser permanecer em Porto Rico, terá de pagar o hotel do próprio bolso. Beck começou sua insubordinação na partida de estreia, contra Porto Rico, quando arremessou sete bolas seguidas descumprindo as orientações táticas do treinador. No sábado, na vitória por 80 a 63 sobre Ilhas Virgens, ele jogou apenas cinco minutos e foi retirado da quadra.
Aos 27 anos, Beck é um dos jogadores mais habilidosos do México. Em 2007, no Pré-Olímpico das Américas, em Las Vegas, ganhou fama ao dar um drible espetacular no americano Kobe Bryant. A imagem correu o mundo pela internet e, ao que parece, subiu à cabeça do atleta. Antes da Copa América, ele defendeu o San Antonio Spurs nas ligas de verão dos Estados Unidos.
A cara fechada de Guerrero ao falar de Beck ganha um sorriso quando o assunto passa a ser o tempo em que jogou no Brasil.
- Até hoje mantenho contato com alguns companheiros, como o Hélio Rubens (hoje técnico de Franca). Oscar, Marcel, todos são grandes amigos. Se eu não tivesse ido para a Itália depois, moraria no Brasil até hoje – afirmou.
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