Todos nós já ouvimos falar do Basquete de Rua “Streetball” uma vez na vida, ou então, deve ter assistiu filmes como o “Homens Brancos não sabem Enterrar”, com os atores “Woody Harrelson” e “Wesley Snipes”, ou algo parecido na TV, nas ruas ou parques brasileiros.
Esse conceito de jogo que nascerá nos bairros norte-americanos, ganhou força aqui no Brasil a partir de 2001, quando alguns atletas jovens que participavam do Hutúz Rap Festival (uma tradicional manifestação de Hip Hop), no Armazém nº 5 do Cais do Porto do Rio de Janeiro, fizeram um rachão com uma “lata de lixo” numa quadra improvisada, e uma bola similar à bola laranja utilizada no basquete.
O impacto foi tão grande na comunidade, que a Central Única das Favelas (CUFA), instituição social realizadora do evento, que sempre viu no esporte uma grande ferramenta a ser utilizada para promover a auto-estima da população, criou em 2002, o primeiro campeonato de Basquete de Rua.
A partir daí foi criada a LIBBRA (Liga Brasileira de Basquete de Rua), que hoje é referência nacional nesta modalidade cultural-esportiva, pois além da manifestação esportiva, encontramos a cultura do Hip Hop, um ritmo musical, bastante conhecido mundialmente.
Os eventos organizados pela LIBBRA são muitos animados, pois possuem elementos como o mestre de cerimônia (o MC’s), que fica dentro da quadra, e tem a função de narrar às ações dos jogadores, e interagir a torcida; os Dj’s que trabalham em conjunto com os MC’s, colocando musicas ditando o ritmo dos jogos; também tem as lideres de torcidas, as Libbretes, que agitam o publico durante e nos intervalos dos jogos; os Graffiteiros dão um show à parte, realizando suas pinturas, nos painéis que ficam ao redor da quadra, durante todo o evento; os breaker boys (ou b-boy) e B-girls dançam ao som do Dj’s, realizando manobras ousadas com o corpo; e por fim, a galera do Skate, que geralmente realiza uma competição paralela ao evento do basquete de rua.
No basquete de rua as regras são diferentes, os jogadores podem realizar malabarismos e truques com a bola, podem utilizar os pés, a cabeça ou qualquer outra maneira, para realizar os efeitos, que animam a galera, e iludir o adversário. É permitido ao jogador, andar ou correr com a bola na mão, desde que seja exclusivamente para realizar suas habilidades.
Para finalizar a matéria, vou passar algumas regras do basquete de rua:
Dimensão da quadra: 12 X 22;
Altura da cesta:
Numero de jogadores numa partida: 4 na quadra e 3 na reserva;
Tempo de ataque: 20 segundos;
Tempo de jogo: 2 períodos de 8 minutos e 30 segundos para jogos classificatórios, e 3 períodos de 10 minutos quando for os jogos finais do campeonato.
Pontuação: 1 ponto – caneta, 1 ponto - lance livre, 1 ponto - arremesso dentro da linha de três pontos, 2 pontos – enterrada, 3 pontos - enterrada com ponte aérea, 3 pontos - arremesso, atrás da linha de 3 pontos, 4 pontos - arremesso, atrás da linha de 4 pontos, 5 pontos - arremesso, da sua quadra de defesa;
Marcação: só é permitida a marcação individual, por parte dos atletas;
Árbitros: as partidas são administradas por três árbitros (árbitros Cosme, São e Damião);
Autor: Profº Marco Chaves
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